Mais dois trabalhadores morrem e gestores da Petrobrás agem como se nada tivesse acontecido

 

Na reunião com a Petrobrás nesta quarta-feira, 10, para negociação do acordo salarial dos petroleiros, a FUP lamentou a ocorrência de mais duas mortes de trabalhadores que prestam serviço para empresa e novamente criticou com veemência o pouco caso dos gestores com a segurança da categoria. O coordenador da FUP, José Maria Rangel, questionou a Petrobrás por sequer ter um representante da Gerência de Saúde, Meio Amabiente e Segurança (SMS) na reunião para se manifestar sobre os dois óbitos ocorridos.“Mais uma vez, os gestores da Petrobrás demonstram o descaso que têm com a vida dos trabalhadores, agindo como se nada tivesse acontecido. Dois trabalhadores terceirizados morrem e não tem ninguém do SMS nesta reunião”, criticou José Maria, ressaltando que é cada vez mais evidente que a atual política de segurança da Petrobrás não tem sustentação.

Em um intervalo de 24 horas, dois trabalhadores perderam a vida enquanto prestavam serviços para a Petrobrás. A primeira ocorrência foi no início da madrugada de terça-feira, 09, no Paraná, quando um motorista da Translíquido, morreu em um acidente grave na BR 277, quando transportava óleo combustível da Repar para o Terminal de Paranaguá. O Sindipetro-PR/SC já vem alertando à Transpetro sobre os riscos da sobrecarga excessiva de trabalho para cumprimento de metas de produção no terminais, o que afeta também os serviços de descarregamento de combustíveis.

Na madrugada desta quarta-feira, 10, o mecânico da empresa Disman, José Ricardo da Luz, 52 anos, faleceu durante seu primeiro dia de trabalho na parada de manutenção da Termelétrica Governador Leonel Brizola, em Duque de Caxias. Segundo informações apuradas pelo Sindipetro Duque de Caxias, o mecânico foi encontrado morto por outros funcionários e não pode sequer ser socorrido já que não há ambulância, nem equipe médica ou de enfermagem na Termelétrica. 

Fonte: FUP