Maioria dos petroleiros baianos adere à paralisação

Os petroleiros da Bahia deram uma demonstração de unidade e força ao participarem de forma efetiva da paralisação indicada pela FUP para essa sexta-feira, 10/06.

Em várias unidades da Petrobrás aconteceram assembleias, onde os petroleiros decidiram, em sua maioria, retornar para suas casas e participar da caminhada contra o golpe, em defesa da democracia e da garantia dos direitos trabalhistas e sociais, que acontece na tarde de hoje, com concentração às 15h no campo Grande.

Houve paralisação nas unidades da UO-BA, Rlam, PBIO, Transpetro Madre Deus e Camaçari, Fafen, Termoelétrica Celso Furtado e EDIBA.

Em todas as assembleias realizadas, os petroleiros demonstraram firmeza e disposição para intensificar a luta em defesa da Soberania nacional, da Petrobrás e contra a entrega do Pré-Sal ao capital estrangeiro.

Na BR 324, nas proximidades da comunidade Menino de Jesus, os petroleiros das unidades da UO-BA, ativos Norte e Sul, Rlam PBIO, Transpetro e termoelétrica Celso Furtado, participaram de uma assembleia de começou por volta das 6h, onde aprovaram por unanimidade dar prosseguimento à paralisação desta sexta-feira.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, alertou aos trabalhadores que o novo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, mais conhecido como ministro do apagão do governo de FHC, já declarou a sua intenção de vender ativos da empresa e entregar o Pré-Sal ao capital estrangeiro.

 “A agenda de desmonte de direitos e de privatização iniciada por FHC nos anos 90 e que foi estancada durante o governo Lula, está a todo vapor”, afirmou Deyvid, conclamando os petroleiros a ficarem alertas e participarem de todas as mobilizações propostas pela FUP e sindicatos filiados.

Ao final da assembleia, os trabalhadores retornaram para suas casas em ônibus contratados pelo sindicato e à tarde se juntam aos milhares de baianos na grande caminhada contra o golpe.

Em Alagoinhas, os petroleiros diretos e terceirizados de Bálsamo, Araças e Buracica, entram hoje no segundo dia de paralisação. O movimento deve ser encerrado na noite desta sexta-feira,10.

Houve uma antecipação da paralisação indicada pela FUP para o dia 10/06, em protesto à proposta da Petrobrás de redução de postos de turno em Bálsamo. Os petroleiros dos campos terrestres também lutam contra a terceirização das atividades fins, que apesar de ilegal já é uma realidade nos campos e estações de petróleo dessas áreas.  Os trabalhadores já sinalizaram com a realização de uma greve por tempo indeterminado se a direção da Petrobrás continuar com as práticas ilegais. O Sindipetro Bahia já solicitou reunião com a gerência geral da UO-BA para tratar sobre o assunto.  

Na Fafen, onde a paralisação começou à zero hora da quinta-feira, 09, a adesão grande com a participação maciça do adm e turno. Não houve troca de turno e os trabalhadores retornaram para casa. A paralisação prossegue até à zero hora de hoje (10) sem a formação da equipe  de contingência.

No EDIBA, foi feita uma ocupação do pátio do Edifício Torre Pituba, onde os trabalhadores passaram a manhã debatendo sobre a atual conjuntura política. O diretor da FUP Leonardo Urpia apresentou a Pauta pelo Brasil e um relatório sobre a venda dos campos terrestres, com o objetivo de esclarecer a categoria sobre esta ameaça, chamando os trabalhadores para a luta e defesa dos campos de petróleo. Após a fala de Urpia, em assembleia,  eles também decidiram participar da caminhada contra o golpe e a favor da democracia. 

A direção do Sindipetro Bahia esteve na linha de frente da paralisação com o coordenador Deyvid Bacelar e os diretores André Araújo, Paulo César, Leonardo Urpia, Jorge Mota, Jairo Batista, Peu, Henrique Crispim, Agnaldo dos Anjos, Gilson Morotó, Radiovaldo Costa (licenciado), Roberto Assis, José Santiago, Eliú, André Nogueira, Luciomar Machado, Olga Natalita, Gilberto Silva, Pelé, Miriam Castro, Francisco ramos, José Lopes, Ubiranei Porto, Eliezer Santana, Sérgio Neri, João Marcos e o militante Carlos Gomes.

Fonte: Sindipetro Bahia