Lula defende mulheres e critica desmonte de Temer

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nesta quarta-feira, 8, um vídeo em que defende a luta das mulheres brasileiras, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. 

“Hoje mais do que nunca as mulheres estão mobilizadas para lutar contra a violência masculina, a precarização do trabalho e a desigualdade social. Para as companheiras, todo o meu apoio e admiração”, disse Lula. 

O ex-presidente também que se preocupa com o desrespeito com que uma parte dos homens brasileiros tem tratado das mulheres. “Fomos educados numa sociedade machista, que desrespeita e subestima as mulheres. Não é justo que uma mulher ganhe menos do que um homem exercendo a mesma função”, disse Lula. 

O ex-presidente petista criticou a política do governo de Michel Temer, que tenta acabar com os direitos conquistados pelas mulheres, ao propor mudanças como a reforma da Previdência, que iguala em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres. 

“Nós podemos nos unir às mulheres e participar da construção de um mundo melhor. Sem opressão, sem estupros, sem assédio, sem desiguladade e com muito amor e respeito”, afirmou Lula. 

“O convívio me ensinou que se nós homens nos unirmos às mulheres, que combatem a discriminação e a violência, um mundo melhor estará mais próximo do que podemos imaginar”, finalizou o ex-presidente. 

Leia material divulgado pelo Instituto Lula sobre encontro do ex-presidente com mulheres nessa terça-feira, 7.

Lula recebe manifesto de mulheres sindicalistas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na tarde desta terça-feira (07), na sede do Instituto Lula, uma comissão formada por movimentos de mulheres sindicalistas para a entrega de um manifesto de apoio ao ex-presidente. 

O documento, que é em reconhecimento aos avanços das políticas públicas para as mulheres nos últimos 13 anos no Brasil, presta também solidariedade ao ex-presidente pela perseguição política e midiática que vem sendo vítima e pela morte de D. Marisa Letícia. 

Entre as mulheres, esteve presente a ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci. “Hoje, o agradecimento das mulheres brasileiras é imenso. No seu governo, você teve a sensibilidade de ouvir duas demandas importantes: criar a Secretaria de Política das Mulheres e a Lei Maria da Penha, que foi fundamental para a vida das mulheres”, lembra a ex-ministra. 

“Foi o presidente que mais fez pela luta das mulheres. Além da Lei Maria da Penha, deu o cartão do Bolsa Família na mão das mulheres” lembrou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários. 

“Nós, mulheres, estamos aqui para te apoiar e dizer que cada uma de nós, amanhã (8 de março), estaremos nas ruas brigando contra a reforma da Previdência, pela descriminalização do aborto e para te levar à presidência em 2018”, disse Junéia Batista, da Secretaria de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Durante o encontro, Lula lembrou das conquistas, da importância do empoderamento feminino e o resultado da luta das mulheres no país. “A medida que a mulher vai ficando independente economicamente, ela vai tomando conta do seu próprio nariz”, disse. 

Clique aqui para ver mais imagens da visita de mulheres sindicalistas a Lula.

O ex-presidente ressaltou que, caso volte à Presidência da República, será criada novamente a Secretaria de Políticas para as Mulheres. “O custo é zero diante dos benefícios”, completa. Para ele, é importante que as mulheres tenham maior representatividade na Câmera, no Senado e na liderança dos movimentos sindicais. “Se tem uma coisa que eu tenho orgulho, foi influenciar a sociedade brasileira a acreditar que ela podia ter um presidente que saiu do meio do povo. E vou continuar influenciando as mulheres para que tenham consciência de que, a Dilma, foi só o primeiro passo, e que as mulheres podem muito mais”, afirmou Lula. 

Ao final do encontro, o ex-presidente ressaltou que as mulheres precisam ter consciência de que elas podem cuidar do país e agradeceu pelo gesto de solidariedade do movimento de mulheres. 

 

VIA Brasil 247

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