Laçamento de revista sobre mensalão, nesta quarta, no Rio, terá debate sobre os erros do STF

FUP

 

Nesta quarta-feira, 12, o renomado jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, editor da Revista Retrato do Brasil, fará o lançamento da edição de dezembro, no Rio de Janeiro, no auditório do Sindicato dos Bancários, às 18h30. A reportagem de capa da revista comprova que os ministros do Supremo Tribunal Federal erraram no julgamento do chamado mensalão. Para falar sobre isso, o jornalista Raimundo Rodrigues participa do debate “A Farsa do Julgamento da Ação Penal 470”, promovido pela CUT-RJ, com entrada gratuita e aberto a todos. O Sindicato dos Bancários do Rio fica na Av. Presidente Vargas, 502, 21º, Centro do Rio de Janeiro.


Auditoria mostra que STF errou

A reportagem de capa da revista Retrato do Brasil apresenta provas de que não houve o desvio de 73,8 milhões de reais do Banco do Brasil, principal argumento do mensalão. A revista teve acesso a três auditorias feitas pelo BB, que comprovam que não houve o suposto desvio de dinheiro através da Visanet, o qual serviu de tese para embalar o julgamento da Ação Penal 470.

Além das auditorias, a Retrato do Brasil mostra um documento reservado da CBMP (nome fantasia da Visanet), preparado por um grande escritório de advocacia de São Paulo para ser encaminhado à Receita Federal, no qual a companhia lista todos os trabalhos feitos pela empresa de Marcos Valério, que confirma informações constantes das outras três auditorias do BB. A reportagem descobriu que há recibos e todos os comprovantes — como fotos, vídeos, cartazes, testemunhos — atestando que os serviços de promoção para a venda de cartões de bandeira Visa pelo BB foram realizados.

Leia abaixo um trecho da reportagem e acesse o link com a íntegra da edição de dezembro da revista Retrato do Brasil

A tese do mensalão como um dos maiores crimes de corrupção da história do País foi consagrada no STF. Veja-se o que disse, por exemplo, o presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, ao condenar José Dirceu como o chefe da “quadrilha dos mensaleiros”: o mensalão foi “um projeto de poder”, “que vai muito além de um quadriênio quadruplicado”. Foi “continuísmo governamental”; “golpe, portanto”. Em outro voto, que postou no site do tribunal dias antes, Britto disse que o mensalão envolveu “crimes em quantidades enlouquecidas”, “volumosas somas de recursos financeiros e interesses conversíveis em pecúnia”, pessoas jurídicas tais como “a União Federal pela sua Câmara dos Deputados, Banco do Brasil–Visanet, Banco Central da República”.

Britto, data venia, é um poeta. Na sua caracterização do mensalão como um crime gigante, um golpe na República, o que ele chama de Banco do Brasil–Visanet, por exemplo? É uma nova entidade financeira? Banco do Brasil (BB) a gente sabe o que é: é aquele banco estatal que os liberais queriam transformar em Banco Brasil, assim como quiseram transformar a Petrobras em Petrobrax, porque achavam ser necessário, pelo menos por palavras, nos integrarmos ao mundo financeiro globalizado.

Baixe aqui a íntegra da revista em pdf