A nossa história nos ensinou que não podemos sair das trincheiras de luta
Há de se reconhecer o aceno do novo presidente da Petrobrás, que no seu primeiro dia de trabalho à frente da companhia fez questão de se reunir com os representantes dos trabalhadores. Além de ser um gesto simbólico e incomum, ele é uma conquista dos petroleiros.
Petroleiros que comeram o pão que o diabo amassou, e o comeram na beira da rodovia, sem acesso a banheiro, com assédio da polícia e conivência do corpo gerencial e da segurança patrimonial, levando multas absurdas, sendo esculachados em reuniões pró-forma com gerentes que poderiam ser trocados por cones.
O fato é que devemos, sim, comemorar essa vitória de hoje, mas já voltar às trincheiras amanhã – a nossa história nos ensinou esse aprendizado. A categoria petroleira não hesitou em fazer greve nos leilões do pré-sal durante o governo Dilma, por exemplo, pois a nossa pauta sempre foi e será o monopólio estatal – com controle popular – das nossas riquezas naturais.
Sabemos a importância daqueles que vão para a gestão da empresa. Esperamos que defendam nossos interesses, e assim como no exemplo acima, sabemos das contradições inerentes ao processo. Por isso, esse editorial deixa bem claro que ninguém deve confundir o seu papel: dirigente sindical não tem direito de vacilar em defesa da categoria, independentemente de quem estiver do outro lado da mesa.
Vamos à luta!
[Sindipetro Unificado SP]