Kátia Abreu será julgada e pode ter mandato cassado no TSE

Senadora teria usado a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária para  promover doação ilícita de R$ 200 mil para a campanha de seu filho Irajá Abreu (PSD) em 2010

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral Luciana Lóssio despachou nesta terça-feira (2) para julgamento na Corte o processo que envolve Kátia Abreu (PMDB – TO) e seu filho Irajá Abreu (PSD – TO) em um esquema de doações ilícitas em 2010.

“É certo que houve abuso de poder econômico praticado por Irajá Silvestre Filho – beneficiário da arrecadação ilícita de recursos – e Kátia Regina Abreu – que concorreu diretamente, conforme evidenciam as provas dos autos, para a arrecadação em desconformidade com a legislação eleitoral”, afirma a Procuradoria Geral Eleitoral.

Em 2010, já com Kátia na presidência, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária enviou 600 mil boletos de cobrança sem registros no valor de R$ 100 para produtores rurais em todo o Brasil, pedindo que fossem pagos como doações a campanhas eleitorais. E menos de uma semana, mais de R$ 700 mil foram arrecadados.

O PGE também garante haver provas de que houve utilização de recursos em campanhas eleitorais por meio de doações provenientes do DEM, partido da senadora à época e chamou Kátia de “mentora intelectual e autora direta do envio dos boletos”.

Se forem considerados culpados pela Corte do TSE, ambos terão seus mandatos cassados. A senadora cederia a vaga para Eduardo Gomes (SD), que ficou em segundo lugar no pleito esse ano.

Fonte: Brasil de Fato