Justiça nega interdito proibitório contra greve na Replan

A Justiça do Trabalho de Paulínia negou a ação de interdito proibitório ingressada pela Petrobrás…




Imprensa da FUP

 

 

A Justiça do Trabalho de Paulínia negou a ação de interdito proibitório ingressada pela Petrobrás no domingo (01) para tentar esvaziar a greve dos trabalhadores da Replan. O juiz que analisou a ação se posicionou contra a manobra autoritária da empresa e reconheceu o direito legítimo de greve dos trabalhadores, que têm buscado todas as possibilidades de negociação com a Petrobrás, chegando, inclusive, a fazerem uma greve de advertência de 24 horas, no último dia 18, na tentativa de pressionar a companhia a acatar a decisão judicial que garante o pagamento do extraturno aos petroleiros da Replan.

 

O Sindipetro Unificado de São Paulo e a FUP estão desde a madrugada tentando negociar com a gerência da Replan a liberação dos trabalhadores do turno das 16 horas de domingo (01), que estão há mais de 24 horas sendo mantidos na refinaria. A adesão à greve é total, com participação de todos os grupos de turno e do administrativo, causando, também reflexo entre os terceirizados, que estão sendo liberados pelas gerências. A greve deverá prosseguir por cinco dias, conforme aprovado em assembléias.

 

Entenda a luta dos petroleiros da Replan

Em 1999, os trabalhadores da Replan, através de ação judicial ganha pelo sindicato, mantiveram o pagamento do extraturno, que foi usurpado da categoria através de proposta de indenização imposta pela Petrobrás durante o governo neoliberal do tucanato. De lá para cá, a dobradinha continuou sendo paga a todos os petroleiros de turno da refinaria, inclusive os que foram admitidos posteriormente. A Petrobrás agora quer cortar este direito dos trabalhadores pós 1999, mantendo o extraturno somente para quem foi contemplado na época pela ação do sindicato.