Presidente da Comissão descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho ao barrar representante do Sindicato. RH da Repar foi conivente com a truculência, afirma o Sindipetro
[Da imprensa do Sindipetro PR/SC]
Figura conhecida pelos trabalhadores da Repar por seu histórico de hostilidades, o atual presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) deu nova amostra de suas credenciais na última quarta-feira (06).
Em total desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Petrobrás, o chefete impediu a participação de representante do Sindipetro Paraná e Santa Catarina na reunião da CIPA. O Sindicato acionou o Recursos Humanos da Repar, que, por sua vez, não agiu da forma e agilidade esperadas.
O parágrafo 10º da cláusula 71 do ACT (Funcionamento das CIPAs) estabelece que “a Companhia assegura a participação às reuniões da CIPA, de um Dirigente Sindical, indicado pela respectiva entidade sindical, fornecendo-se, ao mesmo, cópia de suas atas.”
A atitude do presidente da CIPA causa indignação, mas não surpresa. Sua trajetória como liderança na refinaria conta com episódios de truculência em relação aos subordinados, tais como punições injustas e ameaças a trabalhadores.
No mesmo horário em que o representante do Sindicato havia sido impedido de participar do encontro da CIPA, acontecia reunião da EOR. Na oportunidade, a Secretaria de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciou o caso ao RH Corporativo e à gerência executiva de SMS da Petrobrás, que afirmaram que irão averiguar a situação.
O Sindipetro PR e SC ressalta ainda que todas as medidas cabíveis serão tomadas para que o ACT seja cumprido na sua integralidade, a instituição seja respeitada e a categoria devidamente representada em todas as esferas cabíveis.
Tal situação mostra que o processo de desmonte do Sistema Petrobrás está incrustrado também na cabeça de pequenos gestores. No momento em que a segurança dos trabalhadores está em jogo, com pouquíssimos investimentos em manutenção, efetivos reduzidíssimos e avanço das terceirizações, impedir a participação do Sindicato em reunião de CIPA faz parecer que existem coisas a serem escondidas. Nesse sentido, o Sindipetro PR e SC solicita que os integrantes da atual comissão que se sintam impedidos de exercer suas atividades em plenas condições, seja por qualquer motivo, denunciem imediatamente à entidade.
Para que se restabeleça a condição de normalidade, o Sindicato exige nova indicação para a presidência da CIPA por parte da gerência geral da refinaria. O substituto deve ter condições técnicas e morais de estar à frente de processo tão importante. Requer, ainda, que os convites para a participação nas reuniões sejam encaminhadas ao Sindipetro PR e SC com a devida antecedência e que se proceda toda e qualquer providência para garantir a participação do representante indicado e o efetivo cumprimento do ACT.