Intransigência dos Correios e dos banqueiros mantém trabalhadores em greve

A FUP e seus sindicatos apóiam integralmente a lutas dos companheiros por ganho real e melhores condições de trabalho e segurança





 Imprensa da FUP

A greve nos Correios completa 27 dias nesta segunda-feira, (10), quando os bancários também entraram no 14º dia de paralisação. Ambas as greves são resultado da intransigência do governo, Correios e dos Bancos públicos e privados. A FUP e seus sindicatos apóiam integralmente a lutas dos companheiros por ganho real e melhores condições de trabalho e segurança. 

Os carteiros rejeitaram em assembléias a proposta negociada entre os representantes dos trabalhadores e a ECT, com intermediação do TST. O impasse foi causado pela decisão dos Correios de descontar os dias parados, apesar da decisão da Justiça do Trabalho de Brasília, que determinou que o desconto fosse suspenso pela estatal até a conclusão das negociações ou do julgamento do dissídio.

Os trabalhadores repudiaram a decisão do TST favorável à liminar dos Correios, determinando efetivo mínimo de 40% dos trabalhadores em cada unidade operacional e multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento da decisão. O dissídio coletivo será julgado nesta terça-feira,11 (Leia aqui como foi o julgamento).

Os bancos também continuam intransigentes e intensificando as ações de interditos proibitórios, cuja maioria vem sendo derrubada na justiça pelos sindicatos. Até esta sexta-feira, 07, nem o BB, CEF ou Fenaban haviam agendado novas rodadas de negociação com os bancários. A categoria rejeitou o reajuste de 8%, que representa apenas 0,56% acima da inflação, enquanto os bancários cobram 5% de aumento real. Nenhuma das demais reivindicações da categoria foi atendida, como valorização do piso, maior PLR, mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento aos clientes e inclusão bancária sem precarização, entre outros itens.