Insegurança na Petrobrás: Procop faz novas vitimas na Rlam

 

FUP

No rastro dos acidentes que colocaram recentemente em risco os trabalhadores da Reman, Repar, Reduc e Regap,  mais uma ocorrência grave acende a luz vermelha para a política de insegurança no Sistema Petrobrás.  Esta semana, dois acidentes seguidos atingiram os trabalhadores da Rlam (Bahia) que atuam na parada de manutenção da Unidade de Craqueamento Catalítico Fluído (U-6). Na última quinta-feira, 12, um trabalhador da Mills sofreu queimadura de segundo grau nas pernas ao ser atingido por um jato de vapor, durante a perigosa “purga” da unidade.

Na sexta-feira, 13, mais dois trabalhadores foram vítimas de um incêndio de médias proporções na torre fracionadora (E-621) da U-6. Um caldeireiro da empresa Estrutural sofreu queimadura no rosto e deslocamento do omoplata, após ter caído de uma andaime com mais de 2 metro de altura, onde realizava suas atividades. O acidente também atingiu um técnico de segurança que atuava na emergência e acabou se ferindo.

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Segundo o Sindipetro-BA, os acidentes são resultado de uma série de atropelos gerenciais para realizar a toque de caixa uma parada de manutenção em um prazo exíguo de apenas 20 dias, quando o necessário seria, no mínimo, 60 dias. “Por conta da pressão sobre os trabalhadores para concluir a parada o mais rápido possível, o serviço no flange do raquetão da torre fracionadora foi feito às pressas, sem uma adequada análise dos riscos ali presentes”, revela o diretor do sindicato, Deyvid Bacellar.

A insegurança nas refinarias se agravou ainda mais com o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop) e o Mobiliza, que evidenciam a cada dia os efeitos perversos da política de redução de investimentos em manutenção de equipamentos e contratação de trabalhadores. As refinarias são cada vez mais atingidas pela insegurança crônica que se alastrou por todo o Sistema Petrobrás, apesar dos constantes alertas e cobranças do movimento sindical por mudanças estruturais no SMS.

Mobilização na Reman

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Nesta sexta-feira, 13, os trabalhadores próprios e terceirizados da Reman realizaram uma grande manifestação pela manhã, na porta da unidade, em protesto contra a insegurança que já causou diversos acidentes na refinaria. O mais grave foi a explosão no dia primeiro de dezembro, que feriu gravemente três petroleiros, dois deles ainda internados. Cerca de 700 trabalhadores participaram da manifestação, que atrasou em três horas a entrada do turno e do administrativo. O ato contou com a participação de diversos sindicatos e organizações sociais, além de parlamentares do PT, que cobraram a retomada urgente de investimentos na Reman, com prioridade para a segurança.

Petroleiros da Repar aprovam greve

A resposta da pauta por parte da empresa foi motivo de novas assembleias, promovidas entre ontem e hoje (12 e 13/12), que por grande maioria rejeitaram a proposta apresentada, reafirmaram a greve e deliberaram por realizar atrasos de uma hora a cada troca de turno e horário administrativo. Além disso, os trabalhadores realizarão a ‘Operação Salvaguarda’, que consiste no cumprimento rigoroso das normas de segurança e restrição de liberações de PTs. Essa mobilização pode tomar patamares maiores a qualquer momento. O retorno da U2100 (Unidade de Destilação, que teve uma explosão no dia 28 de novembro e desde então está parada) pode ficar comprometido se a categoria identificar condições inseguras.

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