Insegurança na Petrobrás: equipamentos da P-33 são embargados

Enquanto a indústria de petróleo é pressionada a priorizar a segurança nas atividades offshore, em função do acidente provocado pela BP no Golfo do México…





São nestas condições que a Petrobrás mantém em operação a P-31 



Imprensa da FUP

Enquanto a indústria de petróleo é pressionada a priorizar a segurança nas atividades offshore, em função do acidente provocado pela BP no Golfo do México, a Petrobrás segue no caminho inverso, permitindo que plataformas da Bacia de Campos continuem operando em condições totalmente inseguras. Na última quinta-feira, 05, a Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro autuou a empresa e determinou o embargo de equipamentos da P-33, após denúncias do Sindipetro-NF, que cobrou a interrupção da operação da plataforma, em função dos graves riscos constatados na unidade.  Os dirigentes do sindicato, junto com fiscais da SRTE-RJ (antiga DRT) embarcaram no dia 03 para vistoriar a P-33 e a P-31, cujos trabalhadores haviam denunciado as péssimas condições de manutenção e segurança dos equipamentos.

Os fiscais realizaram autuações na P-33, onde foram constatados um indicador de pressão inoperante, pisos escorregadios, diversas tubulações com reparos provisórios e vasos de pressão sem válvulas de segurança, o que levou à interdição também dos filtros das unidades de compressão de gás da plataforma. A SRTE-RJ recomendou que a Petrobrás embargue a operação da P-33 diante do estado deplorável em que a unidade se encontra. A gerência, no entanto, sustenta que a plataforma tem condições de operação.

O Sindipetro-NF já havia solicitado a interdição da P-33 e da P-31. A arrogância da gerência da Petrobrás reproduz a irresponsabilidade com que a gestão da empresa trata a vida dos trabalhadores, ao permitir que as plataformas operem com linhas de gás e de água cobertas por massa epóxi, guarda-corpos em completo estado de corrosão, portas amarradas com cordas, equipamentos e cargas soltas e se deslocando pelo piso, entre outros absurdos. O sindicato denunciará o péssimo estado das plataformas à Marinha, à ANP e à Comissão de Certificação de Inspeção de Equipamentos (Concer).

Leia o documento da unidade que reafirma a insegurança denunciada à SRTE-RJ pelo sindicato…