Insatisfação no emprego pode prejudicar a saúde

Pesquisadores da Universidade Nacional Australiana concluíram que ter um emprego ruim pode ser pior para a saúde mental do que estar desempregado…





 
O estudo foi realizado com cerca de 7000 pessoas que vivem na Austrália; os participantes receberam um questionário onde a qualidade do emprego era medida tomando como base o nível de estresse, a segurança no trabalho, o pagamento e a quantidade de colaboradores com controle sobre suas atividades. O questionário contava ainda com perguntas sobre emoções negativas (como depressão e ansiedade) e sentimentos positivos.
 
Os resultados mostraram que a saúde mental dos trabalhadores que possuem empregos mal remunerados ou com pouco suporte estava igual, ou pior, do que a saúde mental dos desempregados. A partir dessas resoluções os cientistas encontraram uma relação direta entre a qualidade do emprego e o bem-estar mental.
 
Os trabalhadores insatisfeitos apresentaram declínio na saúde mental ao longo do tempo. Para facilitar a compreensão dessa relação, os pesquisadores criaram uma escala; nela conseguir um emprego beneficia a saúde mental em 3 pontos, conseguir um emprego considerado ruim leva a perda de quase 6 pontos.
 
Segundo Joseph Grzywacz, professor de medicina familiar e comunitária da Universidade Wake Forest School of Medicine, as conclusões da pesquisa servem como alerta para que as políticas governamentais não se limitem apenas a reduzir o desemprego. É necessário levar em consideração as condições oferecidas pelos postos de trabalhos e a flexibilidade ao dialogo por parte dos empregadores.
 
Já as organizações poderiam melhorar as condições de trabalho reduzindo a insegurança (através da assinatura de contratos de serviços), implantar cargas horárias razoáveis bem como salários justos, e o mais importante negociar e dialogar com seus colaboradores.