Incêndios na REDUC ameaçam os trabalhadores

Sindipetro Duque de Caxias

A falta de investimento em manutenção nas refinarias da diretoria de Abastecimento está chegando ao limite do perigo. A alta gestão só pensa nos novos investimentos e empreendimentos, esquecendo-se das velhas refinarias.

Além de não investir em manutenção ordenam para que a produção esteja no limite máximo, porém o gerente geral da REDUC foi além do limite. Ordenou para aumentar a carga do Coque 20% além do projeto, passando de 5 mil m3/dia para 6 m3/dia, com isso um produto sem valor agregado, resíduo de vácuo, se torna matéria prima para fazer um nova destilação e produzir derivados até sobrar o "coque", que é uma pedra similar ao carvão.

A falta de manutenção somada ao aumento de carga e a falta de efetivo levou ao incêndio que ocorreu no dia 4 de janeiro de 2014 na Unidade de Coque. Não houve vítimas no incêndio que foi apagado depois de muito esforço da Operação, Técnicos de Segurança Industrial e toda a Brigada de Incêndio. Mesmo sem vítima às 20 horas, duas horas depois do incêndio a presidente da Petrobras, o diretor de Abastecimento e seus auxiliares estiveram na refinaria preocupados com a "galinha dos ovos de ouro".

Mesmo sem EPI adequado, a alta gestão, contrariando todas as normas de segurança,foram ao local do incêndio, não para ouvir os trabalhadores, mas para saber em quanto tempo a unidade volta a operação. Os gerentes de Manutenção e de Inspeção de Equipamento já dizem em 3 dias, mas os trabalhadores de manutenção dizem que não têm milagre. O sindicato esta acompanhado o caso.

Os incêndios na REPAR, REMAN, RLAM e agora na REDUC não são meras coincidências, demonstram que o limite seguro chegou ao fim para os trabalhadores. Os gerentes não têm responsabilidade com as máquinas nem com os homens, apenas com a PRODUÇÃO.

O debate agora entre os trabalhadores tem que ser de preservar a vida. O sindicato estará organizando os trabalhadores para resistirem nesta campanha para salvaguardar a integridade física.