Sindipetro Duque de Caxias
Durante o mês de fevereiro, ocorreram vários incêndios que deixaram os trabalhadores preocupados com a sua própria vida. No dia 6, ocorreu o vazamento de Resíduo de Vácuo na Unidade de Coque que contaminou pisos, plataformas, tubulações e, consequentemente, os isolamentos térmicos com produto. Apesar do trabalho de limpeza estar em andamento, toda vez que se tenta partir a unidade começam a surgir focos de incêndio quando as tubulações começam a ganhar temperatura. Isso aconteceu nos dias 16 e 23. O
Sindipetro Caxias solicitou à Reduc que só volte a partir a unidade após a concretização da limpeza total da unidade e após refazer todo o revestimento térmico que foi retirado.
No dia 30 de janeiro, o Sindicato publicou no seu Informativo UN 335, a matéria “Risco grave e iminente no COQUE” demonstrando que estes acidentes poderiam ter sido evitados se a gerência tivesse tomado providências para resolver os problemas apontados.
Na última quinta-feira, 21, uma bomba de solvente pegou fogo na unidade U-1720, mas graças à habilidade dos trabalhadores que compõem a Brigada e os Técnicos de Operação, o incêndio foi controlado. Um novo incêndio ocorreu no dia seguinte na subestação elétrica da unidade, sendo também controlado pelos trabalhadores.
Nenhuma das ocorrências deixou vítimas, mas a situação é preocupante. O Sindipetro Caxias alerta aos trabalhadores que relatem situações que ameacem a sua integridade física e dos equipamentos. Comuniquem ao Sindicato qualquer anormalidade e exerçam o seu Direito de Recusa, conforme cláusula 132 do ACT.
Acidente no pátio de Enxofre
Uma ameaça ao meio ambiente e aos próprios trabalhadores é o pátio de Enxofre da URE – Unidade de Recuperação de Enxofre. O projeto inicial previa uma barreira verde, que nunca se efetivou, para conter os resíduos do pátio. Ocorre que sempre que tem ventania este resíduo acaba indo parar nos olhos dos trabalhadores, que, mesmo com óculos de segurança, são atingidos.
No último dia 22, seis trabalhadores da empresa Excellence tiveram seus olhos contaminados com enxofre proveniente do pátio da URE, sendo dois de forma mais grave. Já houve vários estudos de confinamento para estes resíduos, mas até o momento sem solução. O Sindicato espera que a gerência da refinaria resolva esse problema para evitar novos acidentes.