III PLENAFUP: plenária final aprova 10% de ganho real

FUP

Os petroleiros e petroleiras presentes à III Plenafup aprovaram na manhã deste domingo (05) as resoluções finais da plenária, que reuniu em Porto Alegre 174 trabalhadores, entre delegados e observadores. A plenária final aprovou o índice de 10% de ganho real, além da reposição da inflação pelo ICV/Dieese, cuja projeção para o período de setembro de 2011 a agosto de 2012 é de 5,94%, tomando como base a estimativa de que a inflação em julho e agosto será de 0,2%. Os petroleiros também aprovaram na plenária final a reivindicação de reescalonamento da tabela do Adicional por Tempo de Serviço (ATS), cujo teto proposto é de 50%.

A III Plenafup aprovou ainda como um dos principais eixos de luta da campanha salarial deste ano o regramento das PLRs futuras e a cobrança das pendências históricas da categoria e do atual Acordo Coletivo que têm reflexos econômicos para os trabalhadores, como restabelecimento do extraturno (dobradinha), inclusão de pai e mãe na AMS, melhorias no PCAC, reenquadramento e recomposição salarial dos anistiados, horas extras a 150%, entre outras.

Além dos pontos econômicos que compõem a pauta de reivindicações da campanha deste ano (que tratará somente do reajuste salarial e demais cláusulas econômicas), a plenária final também aprovou por unanimidade as resoluções dos grupos que discutiram questões referentes a sindicalismo, previdência e benefícios, SMS e terceirização e setor petróleo.

Saúde e Segurança

As deliberações aprovadas no Grupo 3, que discutiu questões de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, foram referendadas por unanimidade na Plenária Final. Entre os principais pontos aprovados, estão:  construção do Coletivo Nacional de SMS;   organização de um seminário nacional de SMS; implementação de uma campanha nacional pela primeirização das brigadas de combate a incêndio; incorporação no calendário de lutas da FUP e sindicatos do Dia Nacional de Prevenção contra a Exposição ao Benzeno, indicada pela CNPBz (Comissão Nacional Permanente do Benzeno) para o dia 05 de outubro;  realização de um ato nacional em defesa da Fundacentro, a ser convocado também no dia 05 de outubro; intensificar a luta contra a tentativa da Petrobrás de impor limites de tolerância para a exposição ao benzeno.

Terceirização e setor petróleo

Os delegados da III Plenafup que participaram dos debates no Grupo 4 (Setor Petróleo) aprovaram vários eixos de luta das campanhas contra a precarização gerada pela terceirização e também pela construção de novas frentes de luta da campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Entre as principais resoluções aprovadas, estão:  construção da convenção coletiva dos petroleiros terceirizados e do setor privado;  ratificação das deliberações do I Seminário Nacional dos Trabalhadores de Manutenção;  construção do Dia Nacional de Luta contra a Precarização Gerada pela Terceirização, a ser realizado em setembro junto com os bancários;  organização de um seminário nacional para fortalecer e reativar as frentes de luta em defesa do projeto de lei da FUP e movimentos sociais pelo restabelecimento do monopólio estatal do petróleo, através da Petrobrás 100% pública (PLS 531/2009).

Previdência e benefícios

As deliberações do Grupo 2, que discutiu previdência e benefício, também foram aprovadas pro unanimidade na Plenária Final da III Plenafup. Entre os principais eixos de luta estão:  referendo da separação das massas do Plano Petros e do novo processo de repactuação;  ratificação da pauta aprovada pelo Conselho Nacional dos Aposentados e Pensionistas da FUP;  unificação das tabelas de reembolso dos benefícios educacionais, tomando como base o maior valor pago pela Petrobrás;  reavaliação do índice de correção da inflação dos benefícios dos aposentados e pensionistas, que atualmente é o IPCA.

Sindicalismo

Entre as principais deliberações do Grupo 1 (Sindicalismo) que foram também aprovadas por unanimidade pela Plenária Final, estão: a criação do Coletivo Nacional das Mulheres Petroleiras; intensificação da luta pela reincorporação da Transpetro e demais subsidiárias da Petrobrás;  engajamento dos petroleiros nas lutas contra o golpe no Paraguai e pela libertação dos cinco ativistas cubanos presos nos Estados Unidos; construção de um calendário nacional de lutas a ser definido pela FUP.