25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A data foi escolhida durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981, em homenagem as três irmãs ativistas políticas, Pátria, Minerva e Maria Teresa, as irmãs Mirabal, conhecidas como Las Mariposas, que foram perseguidas e mortas em 25 de novembro de 1960 pelo governo do ditador Trujillo, da República Dominicana
[Da imprensa do Sindipetro-BA]
Hoje é dia de luta, denúncia e de mobilização em repúdio à violência que destrói a vida de milhares de mulheres em todo o mundo.
Quando se fala em violência contra mulher, a primeira relação feita é com a agressão física, aquela que deixa marcas internas e externas nas vítimas. E tem-se razão para isso, já que o Brasil ocupa o 5° lugar no ranking mundial de feminicídio, de acordo com dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Mas a violência contra a mulher não é só a que deixa marcas no corpo. Ameaças, ridicularização, humilhação, constrangimento, manipulação, limitação do direito de ir e vir, vigília constante, perseguição e chantagens são exemplos de violência contra a mulher que também devem ser denunciadas e combatidas.
Durante este período que estamos vivendo, diante de uma pandemia, o isolamento social faz com que as famílias permaneçam em casa, o que agrava o problema, pois o lar é o local onde a violência, na maioria das vezes, acontece, afinal, costuma-se ter menos testemunhas por perto.
Entre os meses de março e abril deste ano, os casos de feminicídio aumentaram em 22,2%, quando analisados dados fornecidos por 12 estados, o que demonstra um alarmante crescimento quando comparados ao ano de 2019.
Por isso, é muito importante chamar a atenção sobre índices e ausência de registros confiáveis; estimular a informação sobre o feminicídio e atuar contra a impunidade.
Importante chamarmos atenção também para o fato de que a mulher negra, segundo o Mapa da Violência, é a principal vítima da violência, com o maior número de homicídios.
Sigamos combatendo, não nos calando, não nos omitindo, mas sim, denunciando qualquer tipo de violência contra as mulheres!