O ato, organizado pelo Sindipetro Bahia e pelo Siticcan, denunciu as condições degradantes de trabalho na refinaria que foi privatizada. Faltam banheiros, água e alimentação de qualidade
[Da comunicação do Sindipetro BA]
Não é de hoje que os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da Acelen denunciam as condições degradantes de trabalho na refinaria. Segundo os relatos, faltam banheiros e pontos de hidratação em algumas áreas operacionais, além de críticas recorrentes à qualidade da alimentação. Em ato de protesto no Trevo da Resistência, na manhã desta segunda-feira (9), cerca de 500 trabalhadores (as) mandaram o recado: não vão aceitar ficar sem resposta sobre essas questões.
“[A Acelen] precisa estar presente na vida do trabalhador e da trabalhadora. Não adianta ficar fazendo propaganda, se não dá dignidade ao trabalhador. Não adianta ficar anunciando que é uma das melhores empresas da Bahia, quando isso não se reflete em quem produz a sua riqueza”, denunciou a coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, acrescentando que a Acelen será chamada para tratar dessa pauta de reivindicações. “Essa situação é inadmissível. Se for preciso, faremos paralisações mais longas, podemos até organizar um calendário de mobilizações”, apontou, lembrando ainda da responsabilidade da empresa em fiscalizar suas prestadoras de serviço.
O ato foi organizado em conjunto com o Siticcan, que representa parte dos trabalhadores da refinaria. “A empresa não está cumprindo nada, não cumpre normas de segurança”, afirmou Edilson Almeida, diretor do sindicato, lembrando do incêndio ocorrido na semana passada. “Temos recebido diversas denúncias sobre os banheiros, sobre o refeitório, sobre os bebedouros. A nossa parceria com o Sindipetro significa melhores condições de trabalho para a categoria”, adicionou.
Os presentes também reivindicavam a contratação de mais profissionais, para evitar sobrecarga e riscos de segurança; o controle da alta vegetação e de animais peçonhentos em áreas operacionais; a implementação de mais locais de descanso e lazer; além de respostas efetivas da empresa para solucionar as denúncias de maus tratos aos trabalhadores. Além dos citados, grande parte da diretoria Sindipetro-BA e do Siticcan estava no ato.