Há sete dias em greve, trabalhadores da Telsan participam nesta terça (13) de audiência de conciliação no TRT-BA

Sem avanços nas negociações, os trabalhadores dos contratos de monitoramento de campo e extração da Telsan decidiram, em assembleia, pela continuidade da greve. A empresa presta serviços à Petrobrás na Unidade de Negócios (UN-BA) da estatal na Bahia. Nesta segunda (12), a greve entra no sétimo dia, com forte adesão da categoria. As atividades estão paralisadas.

O impasse entre empresa e trabalhadores, que querem avançar em pontos específicos da pauta de reivindicações a exemplo dos reajustes para os tickets alimentação e refeição, será objeto de discussão em uma audiência de conciliação, nesta terça (13), às 10h, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT5), através do aplicativo de videoconferência ZOOM, com as presenças dos representantes e advogados das partes.

A audiência foi marcada após a direção da Telsan dar entrada na justiça com pedido de dissidio coletivo. “Um dos pontos mais importantes dos que serão tratados nesta audiência é a garantia de que não haja nenhuma punição aos grevistas, uma vez que a greve é legal e foram cumpridos todos os requisitos exigidos em lei antes da sua deflagração”, ressalta o Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, que acompanha o movimento desde o início, inclusive, negociando com a direção da empresa. Outra reivindicação é que os dias de greve não sejam cortados.

Desde que a atividade de produção e extração de petróleo e gás nos campos e estações foi terceirizada pela Petrobrás, esta é a primeira greve deste segmento da categoria petroleira. Hoje, os trabalhadores próprios da estatal, que antes exerciam esta atividade, são responsáveis apenas pela fiscalização do contrato.

Apesar da pressão da direção da Petrobrás, os trabalhadores da Telsan seguem unidos em busca de seus direitos. “Repudiamos a atitude antissindical da gestão da Petrobras, ressaltando a forma ilegal como a estatal está lidando com este movimento, além de deixar claro que não aceitaremos nenhum tipo de retaliação aos trabalhadores, seja por parte da Petrobrás ou da Telsan”, afirma Radiovaldo.

[Da imprensa do Sindipetro Bahia]