O Sindicato dos Petroleiros do Estado da Bahia lamenta a morte de mais um companheiro Wagner Plech. Coordenador de turno da Refinaria Landulpho Alves, morreu hoje pela manhã, devido a complicações relativas à Covid-19. Foi gerente das unidades onze, doze e treze, atualmente era COTUR (Coordenador de Turno).
Mais uma vítima fatal, devido a irresponsabilidade da Gerência Geral da Refinaria. Com 35 anos de Petrobrás, Wagner, 52 anos, casado, deixa um casal de filhos. Internado na Cardio Pulmonar, em Salvador. Neste domingo, completa também uma semana da morte do operador da Rlam, Carlo Alberto, por complicações geradas pela doença.
“Essas mortes são fruto da incompetência administrativa e gerencial da Petrobrás na Rlam, que não tem adotado as medidas necessárias para preservar a vida dos trabalhadores próprios e terceirizados, apesar de toda cobrança que vem sendo feita pela direção do Sindipetro Bahia”, afirma Radiovaldo Costa, diretor da entidade.
Sobra irresponsabilidade na forma de gerir a unidade num momento tão delicado como esse. Faltam critérios firmes. No último dia 10 de março, houve reunião do Sindipetro junto ao Ministério Público do Trabalho, representantes da Petrobrás e representantes do SRTE, cobrando medidas mais rigorosas da gerência, seja na diminuição do contingente, nas medidas protetivas e também na identificação dos trabalhadores de tenham comorbidades estando mais expostos aos riscos de agravamento do coronavírus.
A CIPA da RLAM vem cobrando sistematicamente, inclusive já discutiu e debateu esse assunto na unidade intensamente, aprovou e fez várias solicitações à gerência, às quais, não foram atendidas conforme relatórios anexos. Demonstrando o grau de compromisso que a atual gestão da Petrobrás tem com as nossas vidas.
O Sindipetro Bahia estará responsabilizando civil e criminalmente o gerente geral da refinaria diante das mortes de Carlos Alberto e Wagner Plech, pois entendemos que houve negligência na adoção das medidas protetivas para evitar essas mortes.
Com estas últimas contaminações e mortes que aconteceram na Rlam, só comprovam que a gerência geral da refinaria coloca a produção acima da vida.
[Da imprensa do Sindipetro BA]