A segunda reunião do Grupo Técnico de Trabalho que estuda alternativas para as FAFEN`s ocorreu no dia 03/05 (quinta-feira), na SEINFRA – Secretária de Infraestrutura do Estado da Bahia.
A data, inicialmente marcada para 04/05, foi antecipada pela Petrobrás porque no dia seguinte a comitiva de oito gestores acompanharia a visita da petrolífera francesa Total S/A à Refinaria Landulfo Alves (RLAM), como de fato ocorreu. Por uma falha na comunicação da Petrobrás, a antecipação não foi informada ao estado de Sergipe que acabou não participando da reunião.
Antes disso, no dia 02/05, ocorreu uma reunião de alinhamento na SDE – Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, onde foi elaborado documento com propostas para a continuidade operacional da FAFEN-BA a ser apresentada à Petrobras. Participaram do encontro, representantes do Sindipetro Bahia, COFIC (Comitê de Fomento Industrial de Camaçari), FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), das empresas Carbonor, Oxiteno e IPCNOR. Além da SDE e SEINFRA, representando o governo do Estado da Bahia.
Entre as propostas apresentadas estavam:* Precificação diferenciada para 5 milhões de m3/dia onde o gás seria fornecido, não aos U$ 7/MMBTU, mas a U$ 4,37/MMBTU utilizando uma precificação com base no NBP e HH;
* Funding através da antecipação de 5% da produção do petróleo de 2026 e 2031;
* Retirada da tarifa postal ou adequação considerando a distância para gás como insumo químico;
* Isenção do ICMS sobre o gás;
* A aquisição de gás a preço competitivo para produção de fertilizantes, buscando alternativas ao fornecimento da Petrobras;
* Petrobras permitir a importação de gás natural por terceiros através do Terminal da BTS.
* A manutenção da operação das fábricas por mais 1 ano a partir de 31 de outubro de 2018 para avaliar a efetividade das medidas.
Liderada pelo Diretor Executivo de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, a equipe de gestores, que incluiu o Gerente Geral da FAFEN-BA, Wilson Macedo e o Gerente Executivo da Industrial, Luiz Eduardo Valente, não mostrou interesse em nenhuma proposta apresentada e seguiu o coro de que fertilizante não faz parte do portfolio da Petrobrás. Também não apresentaram nenhuma alternativa.
Mais uma vez Celestino falou em vender as FAFEN`s como se fosse o dono das fábricas. Já o Eduardo Valente disse durante a reunião que as quatro fábricas de fertilizantes ainda podem operar com uma redução total de 300 postos de trabalho efetivos, o que soou desconexo com a pauta da reunião. Omitiu o fato da FAFEN-BA já ter reduzido o efetivo em 32,5 %.
O Grupo de Trabalho cobrou novamente os dados da produção para melhor avaliação do ativo e a Petrobrás informou que publicará um relatório com as informações até o final de maio.
As únicas propostas que não tiveram uma resposta direta foram o adiamento da hibernação e a abertura do terminal de regaseificação a outros fornecedores. Sobre estas, o GT espera resposta na próxima reunião, a ser realizada na segunda quinzena de maio, no Rio de Janeiro, quando o estado de Sergipe deverá levar também propostas alternativas.
[Via Sindipetro-BA]