Após dois painéis de debates, os petroleiros reunidos na VII Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (PlenaFUP), no Rio de Janeiro, se reuniram em grupos de trabalho na noite de sexta-feira (3) para discutir de maneira mais aprofundada questões que interferem no cotidiano dos trabalhadores da Petrobrás.
A categoria se dividiu em três grandes grupos: Grupo 1- Previdência/Resolução 23; Grupo 2 – Condições de Trabalho (Efetivo/Regime/Carreira); e Grupo 3 – Luta contra a Privatização e Combateao Golpe.
No Grupo 1, foi apresentado um panorama sobre planos de previdência de empresas públicas e fundos de pensão no Brasil para depois ingressar na questão específica da Petros.
Em relação à Petros, os trabalhadores concentraram os debates acerca do Plano Petros do Sistema Petrobrás (PPSP) ou Plano Petros 1 (PP-1), cujo equacionamento do déficit tem penalizado sobremaneira a categoria petroleira com contribuições extraordinárias que, em alguns casos, comprometem até 40% da renda dos beneficiários.
Na reunião, foi apresentada uma proposta de alternativa ao atual equacionamento que tem sido construída no âmbito do Grupo de Trabalho da Petros – formado por representantes dos trabalhadores e também da Fundação e da Petrobrás.
Também foi denunciado o desrespeito da estatal com os petroleiros ao anunciar na imprensa um novo plano de previdência para substituir o PP-1 atropelando todo o trabalho que vem sendo desenvolvido no GT.
Já o Grupo 2 discutiu o sucateamento das condições de trabalho nas unidades da Petrobrás, especialmente a partir do golpe. Entre alguns exemplos tratados na reunião estáo a redução de efetivo mínimo, os PIDV’s e o atual Plano de Cargos e Remuneração (PCR), proposto unilateralmente pela Petrobrás e que desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos petorleiros.
Por fim, o Grupo 3 teve início com uma apresentação do economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), Cloviomar Cararine, sobre o histório de privatizações na Petrobrás e a venda de ativos promovida pela estatal a partir da gestão Pedro Parente.
Na sequência, os trabalhadores debateram estratégias de luta e um calendário de mobilizações para fazer frente ao desmonte da Petrobrás e a venda de fatias da empresa. Atualmente, todos os processos de privatização foram suspensos em razão de uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que condiciona a venda de empresas públicas à aprovação do Congresso Nacional.
[Via Sindipetro-MG]