Sindipetro-BA
Foi necessária uma greve de uma semana para os trabalhadores da Empercom saírem vitoriosos, com apoio do Sindipetro Bahia e FUP. Iniciada no dia 9 de novembro, somente no sábado (18), após a assembleia realizada na sub-sede em Catu, a greve chegou ao fim, com a aprovação da proposta apresentada pela empresa, contemplando a maioria das reivindicações dos trabalhadores.
Fica a prova de que somente a unidade e comando firme da direção sindical podem efetivamente combater a intransigência patronal, que apela até para artifícios externos aos interesses dos trabalhadores – como a polícia – para intimidar e desmobilizar a categoria.
Os trabalhadores deram demonstração de firmeza e enfrentaram todos os obstáculos para avançar na pauta de reivindicação, desde o início rejeitada pelo patronato. Duas conquistas revelam a força do movimento: a liberação de um diretor com custos sob a responsabilidade da empresa e o pagamento da PLR. Apesar disso, a empresa recorreu a métodos condenáveis, como o uso de policiais à paisana, pessoal chamado para furar a greve até recurso ao TRT\BA, com liminar para manter a força de trabalho nas sondas.
A direção do Sindipetro Bahia, FUP e CUT-BA, através dos diretores que acompanharam o movimento grevista e as negociações, mantiveram a unidade e o cumprimento à lei e levaram a Empercom a apresentar nova proposta, finalmente aprovada em assembleia e que representa uma vitória dos trabalhadores. Durante uma semana todas as sondas terrestres foram paralisadas.
Outro dado negativo do episódio foi a presença de um engenheiro de contrato da Petrobrás, que para “mostrar serviço” esteve no campo e em tom desrespeitoso disse aos trabalhadores terceirizados – em luta por melhores condições de trabalho e salário – que eles nunca iriam ser tratados como sendo da Petrobrás, atitude que deixou a todos indignados.