Os petroleiros da Bahia chegam ao último dos cinco dias de greve nos campos de exploração e produção de petróleo, com saldo bastante positivo. Segundo o diretor da FUP e do Sindipetro, Paulo César, “mais de 90% dos trabalhadores aderiram à greve e os que trabalham estão confinados desde domingo, uma irresponsabilidade da gerência, porque coloca os equipamentos, os petroleiros e os moradores das localidades em risco. Os empregados confinados estão há muitos dias em péssimas condições de descanso”. A greve teve início dia 01\08 e foi encerrada na sexta,dia 05\08.
Nesses 5 dias da greve, o movimento conseguiu reduzir a produção nos campos terrestres. No Ativo Norte, que abrange os campos de Buracica, Fazenda Bálsamo e Araçás/Imbé, que tem produção de quase 20 mil barris\dia, teve uma redução na produção de 12%, ou 12 mil barris durante os 5 dias de greve.
Na área de Santiago, houve redução na produção de mais de 139 m3 de óleo, totalizando 875 barris de petróleo. Em Candeias, o movimento atingiu mais de 75% da produção.
Na região de Taquipe, o piquete de convencimento conseguiu nesta sexta, 05\08, a adesão de 100% dos trabalhadores que voltaram para suas casas. Segundo os grevistas, 18 poços deixaram de produzir. As estações Carmo, Rio Pojuca e Almeida permaneceram paradas, já na de Massapê, a redução foi de 34,5% na produção.
A OP-CAN, que tem uma produção diária de 4 mil barris de petróleo por dia, nos 5 dias de greve deixou de produzir 11.100 barris. Já a UPGN deixou de produzir 125 m3 de gás LGN, enquanto a Estação de Lamarão, de uma produção de 380 mil m3 por dia de gás natural, deixou de produzir 900 mil m3 durante os dias do movimento.
Fonte: Sindipetro-BA