Greve no Litoral Paulista cobra direitos já assegurados pela FUP

Todo apoio e solidariedade à luta dos trabalhadores!





Imprensa da FUP

A FUP se solidariza com os trabalhadores da UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba) e das plataformas de Mexilhão e Merluza, no Litoral Paulista, que estão em greve há duas semanas, cobrando da Petrobrás o reconhecimento de direitos que já foram assegurados pela Federação nas últimas campanhas reivindicatórias. É o caso, por exemplo, do intervalo mínimo de 11 horas entre jornadas e da readequação dos trabalhadores da manutenção no regime de turno. Desde que assegurou essas conquistas na negociação salarial de 2008, a FUP tem cobrado que a Petrobrás estenda esses direitos a todos os petroleiros em regimes de trabalho extraordinários, estejam eles em terra ou em mar.

A luta dos trabalhadores do Litoral Paulista, portanto, é mais do que legítima. Mas, os gestores da empresa preferiram, como sempre, apostar no confronto. E, pior: mais uma vez, atacaram a liberdade de organização da categoria, recorrendo a instrumentos autoritários e coercitivos para tentar desmobilizar e reprimir os trabalhadores. A FUP repudia e condena toda e qualquer ação antissindical e de intimidação por parte da Petrobrás. A greve é um direito legítimo e constitucional de todos os trabalhadores e, como tal, deve ser respeitada pelos gestores da empresa.

Com unidade é que se conquista
A FUP foi criada para unificar nacionalmente as lutas da categoria petroleira e, portanto, defende, incondicionalmente, a unidade não só na luta, como nas conquistas.  A greve dos trabalhadores da UTGCA e das plataformas de Mexilhão e de Merluza traz à tona a importância da unidade nacional na consolidação das conquistas da categoria. A Federação se solidariza com a luta destes companheiros, reafirmando que é através da unidade que os trabalhadores se fortalecem no enfrentamento com o patrão e criam as condições necessárias para garantir seus direitos na luta.

Dia do Desembarque é uma das histórias de conquistas da Unidade Nacional na FUP

O chamado “acordo do dia de desembarque” garantiu avanços importantes na luta histórica da categoria por jornada e regime de trabalho justos para os companheiros embarcados. Uma luta que se arrasta desde o início dos anos 90, quando, com unidade e muita pressão, os petroleiros foram a primeira categoria a conquistar em acordo coletivo o regime 14×21 nas atividades offshore da Petrobrás, garantindo, assim, um dia e meio de folga para cada dia trabalhado.

A luta por avanços e melhorias na jornada de trabalho das plataformas continuou presente nas pautas de reivindicações. Na campanha reivindicatória de 2007 conduzida pela FUP, os petroleiros arrancaram o compromisso da Petrobrás de dar um tratamento diferenciado para os dias de embarque e desembarque. Uma das conquistas foi o pagamento do tempo que excedesse o horário de chegada do trabalhador na plataforma. Em agosto de 2008, após uma greve, que contou com a adesão da FUP e de seus demais sindicatos, o Sindipetro-NF fechou com a empresa um acordo que passou a ser referência para a categoria.

Principais conquistas: cumprimento do intervalo mínimo de 11 horas entre jornadas; meio dia de folga por desembarque, limitado a 10 ocorrências por ano, conforme a escala 14×21; readequação ao regime de turno dos trabalhadores da manutenção, com todos os adicionais. Na campanha salarial de 2008, a FUP arrancou da Petrobrás o compromisso de que o “acordo do dia de desembarque” seria estendido a todas as bases de E&P com regime de confinamento. Todas estas conquistas não seriam possíveis sem unidade nacional da categoria.