Greve nas sondas da Bahia: AMEAÇA, NÃO!

Mais uma vez, as gerências da Petrobrás usam de ameaças e truculência para tentar impedir a liberdade de manifestação dos trabalhadores…





Imprensa da FUP

Mais uma vez, as gerências da Petrobrás usam de ameaças e truculência para tentar impedir a liberdade de manifestação dos trabalhadores. Na greve dos petroleiros terceirizados que atuam nas sondas da Bahia, a ameaça tem sido o tom das gerências nas negociações que estão sendo conduzidas pela FUP e pelo Sindicato dos Químicos e Petroleiros. Em reuniões na terça (01) e nesta quarta-feira (02) com as representações sindicais, a Gerência Executiva de Sondagem Terrestre, a Gerência Executiva Norte/Nordeste e a Gerência Geral da UO-BA ameaçaram entrar com pedido de abusividade da greve junto à Justiça do Trabalho.

Isto significa que os trabalhadores terão, mais uma vez, que se contrapor ao autoritário expediente de interditos proibitórios que os gestores da Petrobrás têm sistematicamente utilizado para tentar sufocar os movimentos grevistas da categoria.  O diretor da FUP, Ubiraney Porto, rechaçou em mesa as ameaças das gerências da Petrobrás, bem como a postura intransigente da empresa em insistir em um modelo de contratação predatório, que tem aumentado a precarização das condições de trabalho e segurança, criando um fosso cada vez maior entre os petroleiros terceirizados e próprios.

No caso das sondas de perfuração, a FUP e seus sindicatos tentaram por várias vezes abrir uma negociação com a Gerência de Construção de Poços Terrestres (CPT) para formalizar um conjunto de cláusulas nos novos contratos de prestação de serviço para proteger os direitos básicos dos trabalhadores.  A luta da FUP é para garantir respeito a regimes e jornadas, preservação dos postos de trabalho e salários, manutenção de benefícios, entre outros direitos conquistados a duras penas nestas duas últimas décadas.

Paralisação prossegue até sexta-feira

A greve dos trabalhadores terceirizados que operam as sondas de perfuração terrestre da Petrobrás na Bahia prossegue pelo menos até sexta-feira, 04, quando a categoria irá avaliar se mantém ou não o movimento. A greve teve início na manhã do dia 28/02, paralisando as quatro sondas que a estatal mantém em Araçás, Entre Rios e Pojuca, no interior da Bahia.

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores das sondas de perfuração terrestres estão realizando protestos e outras formas de mobilização para pressionar a estatal a alterar sua política de contratação. O Sindipetro-RN realizará uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Mossoró para discutir os investimentos da Petrobrás, sua política de terceirização e as condições de trabalho e segurança dos petroleiros que atuam na região.

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