Após duas longas reuniões de negociação entre as comissões de representação dos trabalhadores…
Após duas longas reuniões de negociação entre as comissões de representação dos trabalhadores e dos patrões sobre a greve nas obras de ampliação e manutenção da Repar e Fosfértil, realizadas na quinta e sexta-feira [09 e 10/07], ainda não foi apresentada nova contraproposta por parte dos empresários. Dessa forma, a paralisação, iniciada na última terça-feira [07], se estenderá para a próxima semana.
O descaso por parte do empresariado à pauta unificada de reivindicações dos operários causou revolta por parte dos sindicalistas. “Estão provocando os trabalhadores e brincando com a mesa de negociação. Nosso movimento grevista segue forte e com novas ações na segunda-feira”, protestou Roni Barbosa, presidente da CUT no Paraná.
Ainda de acordo com Barbosa, a comissão patronal alegou estar cansada e pediu um tempo para repousar. “Disseram que apresentarão uma nova proposta na semana que vem, provavelmente na reunião agendada para terça-feira, mas não confiamos nisso e vamos manter a greve e intensificar nossa atuação”, afirmou.
Até o momento, a contraproposta dos empresários à pauta dos trabalhadores é a mesma que foi rejeitada na assembleia da última terça e que gerou a greve. Prevê 6% de reajuste salarial, o que equivale apenas à inflação acumulada, cesta-básica no valor de R$ 60,00, abono de um salário para quem está para se aposentar, 30% de adicional de periculosidade e 80% de um salário a título de Participação nos Lucros e Resultados [PLR].
Os trabalhadores, por sua vez, exigem piso salarial de R$ 897,60, correção salarial pelo INPC mais 20% de aumento real nos vencimentos, cesta-básica e crédito alimentação, horas-extras com adicional de 100% e 200%, adicional de periculosidade de 30%, ajuda de custo de R$ 450,00, fim do contrato por obra certa, entre outros.
Diante do impasse, as obras da Repar e Fosfértil permanecem totalmente paralisadas e os 10 mil trabalhadores continuam em greve.