O governador da Bahia, Rui Costa, vai solicitar uma reunião com o presidente da Petrobrás, Castello Branco, para tratar sobre a situação da estatal na Bahia e sobre a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam) e as consequências para o estado e municípios situados no entorno da refinaria. Ele também levará esse assunto para discussão no Consórcio do Nordeste. E ainda e irá solicitar formalmente à estatal a cópia do contrato de venda da Rlam para o grupo árabe Mubadala.
Essas foram algumas das proposições feitas pelo governador em reunião que aconteceu na manhã de terça-feira (16) com dirigentes da FUP, do Sindipetro Bahia e parlamentares. Estavam presentes o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, o deputado federal Joseildo Ramos (PT-BA) e o deputado estadual Rosemberg Pinto (PT). Além do Secretário da Casa Civil, Carlos Mello.
Os representantes da categoria petroleira explicaram ao governador o que está acontecendo hoje na Petrobrás, que vem acelerando a sua politica de desinvestimento, visando a saída da estatal da Bahia, dando ênfase à venda da Refinaria Landulpho Alves. Eles também fizeram um comunicado a respeito da greve que será deflagrada no dia 18/02.
O governador se mostrou preocupado e lamentou que a Petrobrás não tenha procurado o governo da Bahia para falar sobre a venda da Rlam. Segundo Rui Costa há informações que são importantes e devem ser publicizadas, por isso, o governo está procurando a Petrobrás, assim como está marcando uma reunião com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB-BA).
O governador também afirmou que irá procurar os órgãos ambientais em busca de informações sobre o passivo ambiental da Rlam.
Rui Costa questionou a venda das refinarias da Petrobrás do ponto de vista estratégico para a Bahia e para o Brasil. “A Petrobras como uma empresa de energia vai na contramão do que outras empresas do setor no mundo têm feito que é integrar a sua cadeia, se tornando cada vez mais verticalizadas, indo desde a exploração e produção até a comercialização e ampliando seus negócios para a petroquímica e energia renovável”.
Uma reunião do governador com o fundo árabe Mubadala já está marcada para o dia 21/02.
[Da imprensa do Sindipetro Bahia]