Petroleiros da Recap mantêm greve de solidariedade e outras bases de São Paulo também discutem entrar no movimento …
Imprensa da FUP
Os trabalhadores da Replan seguem fortes no segundo dia de greve, que agora passa a ter a adesão também dos petroleiros do Grupo 5 do turno, que estavam sendo mantidos pela Petrobrás operando a refinaria. Após várias negociações com o Sindipetro Unificado-SP, a gerência geral da Replan finalmente concordou em liberar os cerca de 70 petroleiros do grupo, que havia assumido o turno às 15h de domingo (01). Por volta das 11h30 desta terça-feira, 03, os trabalhadores foram liberados, depois de permanecerem 45 horas operando a refinaria. A Petrobrás assumiu a operação da Replan com um grupo de contingência formado por gerentes e supervisores, cujo efetivo, segundo denuncia o sindicato, está muito abaixo do mínimo necessário, colocando em risco a segurança operacional e expondo a comunidade local.
Solidariedade
Na Recap, em Mauá, onde os trabalhadores cortaram a rendição do turno às 15 horas de segunda-feira,
Conselho Consultivo da FUP discutirá indicativo nacional
O Conselho Consultivo da FUP reúne-se nesta quarta-feira, 04, para discutir os próximos encaminhamentos em relação à PLR e demais lutas da categoria. A direção da Federação irá pautar também a discussão de uma mobilização nacional, em apoio e solidariedade aos trabalhadores da Replan. No entendimento da FUP, além da dobradinha ser um direito de todos os petroleiros de turno, o ataque que a Petrobrás está fazendo contra os trabalhadores da Refinaria de Paulínia coloca em risco outros direitos da categoria.
Entenda a luta dos petroleiros da Replan
Os petroleiros de Paulínia (SP) entraram em greve à zero hora de segunda-feira, 02, para pressionar a Petrobrás a cumprir decisão judicial referente ao extraturno (pagamento em dobro dos feriados trabalhados). Em 1999, os trabalhadores da Replan, através de ação judicial ganha pelo sindicato, mantiveram o pagamento do extraturno, que foi usurpado da categoria por meio de uma indenização proposta pela Petrobrás durante o governo neoliberal do tucanato. De lá para cá, a dobradinha continuou sendo paga a todos os petroleiros de turno da refinaria, inclusive os que foram admitidos posteriormente. A Petrobrás agora quer cortar este direito dos trabalhadores admitidos após 1999, mantendo o extraturno somente para quem foi contemplado na época pela ação do sindicato. A greve está prevista para seguir até a meia noite de sexta-feira, 06, caso a empresa não volte atrás nesta decisão arbitrária.