Greve na Bahia intensifica luta por mudanças no modelo de contratação da Petrobrás

Foi a primeira de muitas mobilizações que virão para garantir aos petroleiros condições decentes de trabalho, salários e segurança…





 

 

Imprensa da FUP

Após cinco dias de uma greve que interrompeu a produção das quatro sondas de perfuração terrestre que a Petrobrás mantém na Bahia, os trabalhadores encerraram o movimento, mas continuam na luta por mudanças no modelo de contratação da estatal. A greve por tempo determinado organizada pela FUP foi indicada para pressionar a Petrobrás a garantir condições básicas de trabalho e segurança para os petroleiros contratados para operar as 11 sondas que a empresa mantém na Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os petroleiros resistiram à pressão e ao autoritarismo das gerências da Petrobrás, que, como em outras greves da categoria, recorreu a instrumentos coercitivos para tentar impedir a mobilização dos trabalhadores.

Durante a greve, os petroleiros da Bahia denunciaram para a sociedade as mazelas que o modelo de contratação da Petrobrás gera ao estimular uma concorrência predatória entre as empresas, intensificando a precarização das condições de trabalho e segurança, criando um fosso cada vez maior entre os trabalhadores próprios e terceirizados. Aliando a luta dos trabalhadores à pressão na negociação com a Petrobrás, a FUP arrancou das gerências da estatal o compromisso de que os petroleiros contratados para operar as sondas receberão o reajuste da cesta básica, retroativo a setembro do ano passado, bem como o pagamento das horas extras devidas. As gerências da Petrobrás também se comprometeram a buscar junto às contratadas uma solução para os problemas criados pelo desconto indevido nas folgas do dia abonado em função de atestado médico.

Apesar destas conquistas pontuais, a luta dos trabalhadores terceirizados é por mudanças estruturais no modelo de contratação da Petrobrás. Esta batalha continua e será intensificada em abril, com um dia nacional de luta envolvendo todos os trabalhadores, próprios e terceirizados. A greve na Bahia foi a primeira de muitas mobilizações que virão para garantir aos petroleiros condições decentes de trabalho, salários e segurança.

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