As centrais sindicais reconhecidas formalmente decidiram suspender a greve nacional marcada para a próxima terça-feira (5), contra a “reforma da Previdência”, mas algumas manifestações serão realizadas pelo país. A Frente Brasil Popular, por exemplo, convocou “todos os movimentos sociais” para organizar um dia de atos e protestos pela aposentadoria.
“A decisão de adiar a votação é uma vitória do movimento sindical e social, por isso mesmo devemos ampliar a mobilização, agitação e diálogo com a sociedade brasileira”, afirma, em nota, a FBP.
A CUT São Paulo informou que o ato marcado para a Avenida Paulista, a partir das 16h, está mantido. “O recuo temporário do governo, anunciado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), indica que a pressão da sociedade tem surtido efeito. Mas como desde o início a CUT sinaliza greve no caso de a votação entrar na pauta do Congresso, o estado de alerta deve ser mantido.”
A CTB, que assina a nota das centrais, mas informou ter discordâncias sobre a decisão, convocou sua base a permanecer mobilizada e realizar atos diante das sedes do INSS pelo país. “Acreditamos que é possível ampliar esses atos com a participação de outras centrais sindicais, os movimentos sociais e a sociedade de forma geral, que está inconformada com a onda de ataques deste governo”, diz, em nota, o presidente da central, Adilson Araújo.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que a pressão deve continuar. “A nossa palavra de ordem continua a mesma: se botar pra votar, o Brasil vai parar”, diz o sindicalista, referindo-se ao projeto de reforma previdenciária. O secretário-geral da central, Sérgio Nobre, avalia o recuo momentâneo do governo como uma vitória parcial. “Eles podem colocar a proposta em votação já na semana de 11 a 15 de dezembro, e temos de estar preparados para isso.”
Outras centrais, como Força Sindical, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical informam que as mobilizações estão mantidas. “Mais do que nunca precisamos permanecer em estado de alerta, vigilantes e mobilizados, para impedir a votação dessa nefasta reforma da Previdência, que retira direitos fundamentais da classe trabalhadora”, diz o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
Via Rede Brasil Atual