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Nesta quinta-feira, 03, dia em que a Petrobrás completa 60 anos, petroleiros e movimentos sociais realizam uma série de mobilizações e atos públicos em diversos estados do país, cujo foco principal é a defesa do campo de Libra, a maior descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende leiloar no próximo dia 21. Nas bases operacionais e administrativas da Petrobrás e subsidiárias, os trabalhadores farão uma greve de 24 horas, unificando a luta contra a entrega de Libra com a campanha reivindicatória, já que até o momento a empresa não apresentou uma proposta à categoria.
Em São Paulo, o Comitê Estadual de Defesa do Petróleo, articulado pelo Sindipetro Unificado SP junto com as centrais sindicais e movimentos sociais, realizará um ato público na Avenida Paulista, em frente à sede da Petrobrás. A manifestação está prevista para começar às 17 horas. O Comitê exige a suspensão do leilão de Libra. "Ao permitir que as multinacionais se apropriem do campo de Libra, que, sozinho, pode jorrar até 12 bilhões de barris de petróleo, o governo coloca em risco não só a soberania, como também o desenvolvimento do Brasil", afirmam os movimentos sociais, na convocatória do ato.
Em Curitiba, o Comitê Popular em Defesa da Petrobrás promove um ato público em repúdio ao leilão de Libra na tradicional "Boca Maldita", local de manifestações históricas da esquerda paranaense e dos movimentos sociais. O ato está previsto para começar às 16h30, com participação da CUT-PR e do Sindipetro-PR/SC. A concentração é na Praça Osório, Centro de Curitiba.
No Rio de Janeiro, os movimentos sociais que integram a campanha "O petróleo tem que ser nosso" realizam um Ato-Show, com a presença de artistas, intelectuais e bambas do samba, como Noca da Portela, Wilson Moreira, Toninho Geraes e Paulão Sete Cordas. O ato está previsto para começar às 16 horas, com apresentação do ator Paulo Betti, que também encena a campanha de mídia da FUP contra o leilão de Libra. O palco do evento será a Praça XV, no coração do Rio de Janeiro.
O Ato-Show está sendo organizada pelo Sindipetro-RJ, unindo artistas consagrados numa grande manifestação em defesa da soberania nacional. Entre os convidados estão também Jards Macalé; o grupo de forró Sanhauá, do Mestre Sergival; a banda de rock El Efecto e a cantora Mariene de Castro, que apresentará o seu show “Um ser de Luz”. Nos intervalos, o público contará com a animação da bateria de mulheres Saias na Folia e da Escola de Samba do Dendê, além de DJ`s, artistas circenses e outras atrações.
A greve dos petroleiros e as manifestações e atos públicos do dia 03 têm como principal objetivo denunciar para a população o crime de lesa pátria que significará o leilão de Libra, cujo valor estimado é de 1 trilhão de dólares. Ao ser leiloado, esse petróleo será apropriado por empresas estrangeiras que irão explorá-lo visando apenas o lucro, sem nenhum compromisso com o desenvolvimento nacional.
Os petroleiros e movimentos sociais reivindicam que o campo de Libra fique integralmente sob o controle da Petrobrás, para que o Estado possa reverter os ganhos obtidos na exploração do petróleo em investimentos sociais, em benefício da população, como saúde, educação e transportes públicos de qualidade, preservação ambiental, reforma agrária, moradias e geração de emprego e renda no Brasil.
Acampamentos em Brasília e no Rio cobram a suspensão do leilão
Os petroleiros, em conjunto com diversos movimentos sociais e a juventude organizada, permanecerão acampados em Brasília, em frente à Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro, em frente à sede da Petrobrás, até que o governo suspenda o leilão de Libra. No Rio, o acampamento está sob a organização do Sindipetro-RJ e começou na semana passada. Em Brasília, o acampamento começa nesta quarta-feira, 02, organizado pela FUP, seus sindicatos e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A juventude petroleira também reforçará a luta, realizando até sábado (05) no acampamento o II Encontro Nacional da Juventude Petroleira Fupista.
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