Sindipetro BA
O vazio tomou conta das unidades do Sistema Petrobrás na Bahia nesta quinta (17), segundo a direção do Sindipetro Bahia: a greve por tempo indeterminado, definida pelos trabalhadores nas assembleias, reafirma a determinação da categoria em lutar pelo atendimento da pauta reivindicatória do ACT 2013\2015.
Segundo o comando de greve, o balanço do primeiro dia é extremamente positivo, com adesão de mais de 90% na Petrobrás, Transpetro e PBIO. Nas unidades operacionais não houve troca dos turnos, o administrativo não funcionou – os terceirizados também cruzaram os braços – e na Refinaria os gerentes e supervisores, ao lado dos que estão confinados, mantém a rotina, o que eleva o stress, o cansaço e prejudica a qualidade de vida dos trabalhadores.
O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César Martin, avalia o movimento como positivo devido a grande adesão dos trabalhadores próprios e terceirizados, seja nas unidades administrativas da Petrobrás e suas subsidiárias em Salvador, assim como nas suas unidades operacionais. Segundo ele, o balanço feito no final da tarde pela Federação Única dos Trabalhadores indica adesão expressiva em todos os estados.
Segundo o diretor Deyvid Bacelar, “os trabalhadores mostram com esta paralisação que a exigência pelo ganho real de 5% mais as cláusulas econômicas e sociais são inegociáveis e que a greve continuará até que a direção da Petrobrás e Subsidiárias atendam as reivindicações dos trabalhadores, de acordo com a pauta defendida pela FUP e seus sindicatos”. Outra exigência é a instituição do Fundo Garantidor, para evitar que empresas terceirizadas quebrem, fraudem ou rompam contratos e deixem de pagar aos trabalhadores.
EDIBA E COFIP
A paralisação foi total nos dois locais, onde os cerca de quatro mil trabalhadores diretos e terceirizados aderiram à greve e cruzaram os braços. Os poucos trabalhadores que apareceram viram os piquetes e se convenceram de que não deveriam permanecer no local. No Cofip trabalham em torno de 500 pessoas. Na quarta (16), houve tumulto no Ediba, quando gerentes e supervisores tentaram furar o piquete e agrediram grevistas, inclusive mulheres.
Balsamo, Araçás e Buracica
A paralisação realizada nas áreas de Balsamo, Araçás e Buracica foi sucesso absoluto. Mais de 95% dos trabalhadores (as) terceirizados, nessas áreas, com impacto direto na produção, cruzaram os braços.
No campo de Balsamo os poços pararam por conta do bloqueio das carretas, enquanto os trabalhadores da Petrobras elogiaram o comportamento do sindicato e atenderam o comando de greve para retornarem para casa ao final do expediente desta quarta (16).
O gerente do OP – Araçás reconheceu a força do movimento, que ganhou adesão durante a tarde. As gerências tentaram de tudo, mas nos turnos todo mundo queria informações, pois acharam que a greve tinha começado nesta quarta. Como a alimentação foi cortada – os terceirizados não trabalharam – as equipes de Balsamo tiveram que procurar restaurantes na cidade de Cardeal da Silva. Na quinta (17), a paralisação foi total.
Caminhada na segunda (21\10) saindo do Conjunto Pituba; concentração às 8h
O comando de greve realiza assembleia todos os dias pela manhã, às 9h, em frente ao EDIBA, na Pituba. Nesta sexta (18), segundo dia da paralisação, apareça para acompanhar as novidades e ficar por dentro do que acontece na Petrobrás, Transpetro e PBIO.
A direção do Sindipetro Bahia informa que a adesão foi de mais de 90% no primeiro dia e deve continuar nesta sexta. Na segunda (21), faremos a caminhada da vitória, a partir do Conjunto Pituba. A concentração será às 8h. Participe.
Em defesa da pauta reivindicatória do ACT 2013\2015, contra o PL 4330 e pela suspensão do leilão de Libra.