A greve dos petroleiros, que teve início na madrugada deste sábado, ganhou a adesão pela manhã dos trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, e do Terminal Madre de Deus, na Bahia.
Até o momento já são 12 as unidades de refino que estão sem rendição nos turnos e 05 terminais da Transpetro, subsidiária da Petrobrás que também está sob risco de privatização e demissões.
Na Bacia de Campos, 12 plataformas já aderiram à orientação do sindicato de realizar levantamento de pendências de segurança, efetivo e se houve embarque de equipes de contingência a bordo.
Na Fafen-PR, os trabalhadores seguem ocupando a unidade há 12 dias para impedir o seu fechamento e as mil demissões anunciadas pela gestão da Petrobrás para ter início no próximo dia 14.
Na tentativa de abrir um canal de negociação com a gestão da Petrobrás, um grupo de cinco diretores da FUP estão desde as 15 horas de ontem (31/01), ocupando uma sala de reunião no quarto andar do edifício sede da empresa, na Avenida Chile, no Rio de Janeiro.
A greve dos petroleiros é pela suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e pelo estabelecimento imediato de um processo de negociação com a Petrobras, que cumpra de fato o que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela gestão e que estão afetando a vida de milhares de trabalhadores.
Gestão da Fafen-PR provoca acidente
Por volta das 22h45 de sexta (31/01), a sirene da Fafen-PR foi acionada, em função de uma vazamento de amônia, que aumenta a insegurança dos trabalhadores e pode atingir a comunidade de Araucária. O acidente foi provocado pela decisão irresponsável da gestão de parar a caldeira que mantém a fábrica operando e, assim, acelerar a paralisação da unidade, à revelia dos alertas dos trabalhadores, que vêm ocupando há 12 dias a Fafen-PR para evitar o seu fechamento e as demissões que atingirão mil famílias.
O vazamento foi controlado na madrugada, com apoio do Corpo de Bombeiros. Os representantes do Sindiquímica-PR se reúnem neste sábado com a gerência da fábrica para discutir as condições de segurança da unidade.
Unidades de refino na greve
Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul (Refap) – desde as 07h de 01/02
Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Rnest) – desde a zero hora de 01/02
Fábrica de Lubrificantes do Nordeste, no Ceará (Lubnor) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (Reduc) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná (Repar) – desde a zero hora 01/02
Fábrica de Xisto, no Paraná (SIX) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Paulínia, em São Paulo (Replan) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Capuava, em Mauá/São Paulo (Recap) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Landulpho Alves, na Bahia (Rlam) – desde a zero hora 01/02
Refinaria de Manaus, no Amazonas (Reman) – desde a zero hora 01/02
Refinaria Gabriel Passos, em Minas Gerais (Regap) – desde a zero hora 01/02
Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, no Paraná (FafenPR/Ansa) – ocupação desde o dia 28/01
Terminais na greve
Terminal Madre de Deus, na Bahia – desde as 07h de 01/02
Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco – desde a zero hora de 01/02
Terminal de Paranaguá, no Paraná (Tepar) – desde a zero hora 01/02
Terminal de São Francisco do Sul, em Santa Catarina (Tefran) – desde a zero hora 01/02
Terminal de Campos Elíseos, no Rio de Janeiro (Tecam) – desde a zero hora 01/02
[FUP]