Greve dos petroleiros da Transpetro em SC arranca compromisso da empresa

Se empresa não cumprir com a palavra, greve será retomada na próxima segunda-feira (20)





Sindipetro PR/SC

 

Petroleiros dos terminais Transpetro de Guaramirim, Itajaí e Biguaçu, em Santa Catarina, entraram em greve na manhã desta segunda-feira (13). O motivo foi o descumprimento por parte da Petrobrás do acordo firmado com seus trabalhadores que estão cedidos à Transpetro sobre o pagamento das diferenças do complemento de RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime) com a inclusão do adicional de poliduto. 

O problema se arrastava há anos e afetava trabalhadores das duas empresas. Porém, a Transpetro cumpriu com o acordado e quitou a dívida referente ao adicional de poliduto. A Petrobrás, por sua vez, tratou o problema com descaso e amargou a paralisação. Outro absurdo envolvendo a questão foi que as empresas apresentaram valores com grandes diferenças sobre o mesmo passivo trabalhista. 

Após a deflagração da greve e a suspensão dos carregamentos nos terminais, a FUP foi contatada pelas empresas na tentativa de resolver o impasse. A Transpetro se comprometeu a apresentar até a próxima quarta-feira (15/06) a memória de cálculo individual que é devido em relação às diferenças do complemento de RMNR, com a devida inclusão do Adicional de Poliduto. 

Os trabalhadores avaliaram a proposta e aprovaram, em clima de desconfiança, a suspensão da paralisação e a realização de uma nova assembleia para o dia 20 de junho, próxima segunda-feira. Na oportunidade, os valores apresentados serão comparados com os cálculos feitos por peritos que assessoram o Sindipetro Paraná e Santa Catarina. Caso os números sejam desiguais, a greve deverá ser retomada. 

:: União na Luta!

A princípio o problema do complemento de RMNR sem o adicional de poliduto envolveria diretamente apenas os cedidos da Petrobrás para a Transpetro no Setor de Operação. Porém, os petroleiros de Santa Catarina deram uma grande demonstração de união e todos os setores (Operação, Manutenção, Laboratório e SMS) paralisaram as atividades em solidariedade aos seus pares. Mas uma vez, a união na luta fez a diferença!