“Greve dos aeroportuários é legítima”, afirma Tribunal Superior do Trabalho

CUT

A greve dos aeroportuários que iniciou na quarta-feira, dia 30 de julho, foi considerada legítima pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em despacho publicado na noite de quarta-feira. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) havia entrado com uma ação pedindo a suspensão do movimento nacional, organizado pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).

No entanto, o presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, negou o pedido da estatal e decidiu que a greve pode continuar, mas impôs limites sobre a quantidade de trabalhadores.

O TST também agendou uma audiência entre a Infraero e o SINA no dia 6 de agosto, terça-feira, às 14h, no Tribunal em Brasília. “Se não tivéssemos mobilizado a categoria a reunião com o TST não aconteceria e os trabalhadores continuariam sendo injustiçados”, afirma o diretor do Sindicato, Samuel Santos, responsável pelo comando de greve que no Aeroporto de Congonhas.



Greve continua

Na manhã desta quinta-feira,  dia 1º de agosto, os aeroportuários de 63 aeroportos no País aprovaram em assembleias a continuidade da greve por tempo indeterminado.

Segundo o balanço do SINA, o movimento está forte nos aeroportos e conta com a adesão de 80% da categoria.

A categoria aeroportuária está em greve em razão do descaso da Infraero que se recusa a avançar na pauta de reivindicações da Campanha Salarial, cuja data-base é 1º de maio. Na última rodada de negociação, a Infraero ofereceu apenas 6,49% de reajuste salarial, que segundo o Sindicato dos Aeroportuários não atende a reposição das perdas salariais.

O Sindicato reivindica aumento salarial de 6,37% (referente à reposição da inflação do período da data-base) e mais 9,5%  de produtividade – índices previstos na proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada à Infraero. Outras reivindicações são o pagamento de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e de um Programa de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) decentes e não às privatizações.