Greve dos aeroportuários continua nesta quinta, 1º de agosto

CNTT-CUT

A categoria aeroportuária decidiu em assembleias realizadas, na quarta-feira, dia 31 de julho, nos 63 Aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) continuar a paralisação nesta quinta-feira, 1º de agosto. O movimento é organizado pelo Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA/CUT), que representa 13 mil trabalhadores.



Segundo o Sindicato, o primeiro dia de paralisação iniciado na quarta atingiu 80% dos 63 Aeroportos. “O balanço das manifestações no País é positivo. A disposição dos trabalhadores leva a crer que a greve vai continuar até que a Infraero se manifeste”, afirma Samuel Santos, diretor do SINA e responsável pelo comando de greve que está funcionando no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.



A paralisação é em protesto ao descaso da Infraero que se recusa a avançar na negociação da pauta de reivindicações da Campanha Salarial da categoria, cuja data-base é 1º de maio. A Infraero ofereceu apenas reajuste salarial de 6,49%, que segundo o SINA não atende a reposição das perdas salariais.



O Sindicato reivindica aumento salarial de 6,37% (referente à reposição da inflação do período da data-base) e mais 9,5%  de produtividade, prevista na proposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Outras reivindicações são o pagamento de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e de um Programa de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) decentes e não às privatizações.



Segundo o Sindicato, a Infraero tem condições de pagar salário e benefícios decentes à categoria. “Diretores da estatal receberam aumentos na ordem de 26%  e PLR de mais de R$ 30 mil, enquanto o aeroportuário recebeu em média R$ 500”, destaca o presidente do SINA, Francisco Lemos.



Nova Assembleia



Segundo Samuel, os aeroportuários realizarão assembleias nos 63 aeroportos nesta quinta-feira, 1º de agosto, a partir das 10h, para avaliar os rumos do movimento. No Aeroporto de Congonhas, a assembleia acontecerá, às 6h00, da manhã. Até o fechamento desta matéria, a Infraero não havia apresentado contraproposta ao SINA.