Rede Brasil Atual
Professores estaduais do Rio de Janeiro decidiram nesta quinta-feira, (24), em assembleia, suspender a greve da categoria, que começou em agosto. A votação ocorreu depois de mais de três horas de debates, no ginásio de um clube na zona norte da cidade, onde estiveram em torno de 300 docentes, que concordaram em manter o estado de greve, mas retornando ao trabalho a partir de amanhã.
Pesou na decisão da maioria o acordo firmado terça-feira (22), em Brasília, no gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, no qual uma das cláusulas é o arquivamento, sem punição, dos processos administrativos, inquéritos ou sindicâncias contra servidores em greve. No acordo, que teve a participação da diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino (Sepe), também ficou expresso o abono das faltas durante a greve atual e as anteriores.
Fux entendeu que não havia necessidade de que fosse concedido novo reajuste salarial, ao avaliar que a secretaria já ofereceu aumento este ano, superior à inflação. Na visão do governo estadual, houve ainda o acerto de benefícios que não existiam em anos anteriores.
Os professores aprovaram a reposição das aulas, além do horário letivo, durante a semana, e aos sábados, até janeiro de 2014. A Secretaria de Educação havia avisado que promoveria o corte de ponto caso a greve não fosse encerrada.
O acordo prevê que o governo estadual contrate professores para horas-extras, coloque à disposição materiais de reforço, dê orientações pedagógicas e garanta oficinas de formação, teleaulas e simulados.
A Secretaria de Educação divulgou a versão de que Fux deixou claro, durante a audiência, que o acordo passava pela suspensão da greve, e que sem isso o STF não trabalharia mais para encontrar um meio-termo.