Rede Brasil Atual
A greve parcial dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), iniciada na última quinta-feira (30 de janeiro), segue em 14 regiões, segundo a Fentect, federação que representa 29 sindicatos da categoria. Eles realizariam assembleias na noite de hoje (3) para decidir sobre a continuação do movimento. O movimento é em protesto contra alterações no plano de saúde. A ECT contesta informações dos sindicalistas.
Os trabalhadores afirmam que após a mudança do Correios Saúde para o Postal Saúde, em janeiro, os funcionários passaram a arcar com despesas pela realização de exames ou consultas. Eles informam que os aposentados também começaram a receber boletos de cobrança da mensalidade do plano (e não co-participação).
Em nota, a empresa afirma que não haverá mudanças e que uma das cobranças questionadas pelos trabalhadores trata-se de "equívoco cometido pelo credenciado" (clínica médica) e que já orientou a devolução do valor. Também afirma que não houve mudança na cobrança para aposentados.
Com o Correios Saúde, todos os trabalhadores, independentemente do cargo, têm o mesmo tipo de cobertura no plano e não pagam mensalidade, mas um pagamento compartilhado – que varia de 10% a 20%, dependendo do salário –, somente quando utilizam o convênio.
Os sindicalistas contestam a decisão comunicada no início do ano pela empresa, segundo eles sem negociação prévia. "Eles afirmam que nada vai mudar, mas não é o que estamos vendo com as denúncias que recebemos", afirma o secretário de Imprensa e Comunicação da Fentect, James Magalhães.
Em nota, a ECT informa ainda que os Correios funcionam em todo o Brasil com 96,1% do efetivo – o que corresponde a 120.526 empregados –, e todos os serviços estão disponíveis, à exceção de entrega com hora marcada, em algumas localidades. "A empresa implantou plano de contingência para garantir a entrega de cartas e encomendas, mas devido à paralisação parcial pode haver atraso em alguns serviços."