Greve de fome por liberdade de Lula entra no 3º dia

Ao completar três dias de Greve de Fome por Justiça no STF, pela liberdade do ex-presidente Lula e contra a penúria do povo brasileiro, os seis militantes dos movimentos populares, que iniciaram o protesto na terça-feira (31), entraram em um período delicado com dores de cabeça, ansiedade, insônia, desidratação e sintomas de fadiga.

Segundo o médico que acompanha os grevistas, Ronald Wollf, uma greve de fome pode causar sérios problemas, dependendo do organismo de cada pessoa e os primeiros dias são os mais delicados.

“Precisamos preservar a saúde orgânica, física e emocional dos grevistas. Neste sentido, estamos monitorando cada um e cada uma de forma laboratorial e clínica, pois os primeiros dias são bastante delicados”, disse o profissional.

“Eles estão cansados, sonolentos, a fome é bastante grande e isso os deixa ansiosos”, avaliou Wollf.

Os militantes do MST Vilmar Pacífico, Jaime Amorim e Zonália Santos; Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves, do MPA, e Luiz Gonzaga (Gegê), da CMP decidiram fazer um protesto por Justiça no Supremo Tribunal Federal (STF) com a própria vida para protestar contra as arbitrariedades cometidas na condenação do ex-presidente Lula, mantido preso político desde o início de abril da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná.

A decisão de realizar esse gesto extremo de luta também é um protesto pela situação que o país se encontra, com o retorno da fome, das epidemias e o desemprego desgraçando a vida dos trabalhadores do campo e da cidade, destaca boletim enviado pela Via Campesina.

“Nossa determinação nasce pelo fato de que o Poder Judiciário viola a Constituição Federal e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país”, aponta trecho do informe.

A ação é organizada pelos Movimentos que integram a Via Campesina Brasil, e faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Democracia e liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Greve de Fome também busca denunciar o sofrimento e o abandono dos mais pobres, sobretudo as pessoas em situação de rua, das periferias, os negros, indígenas, camponeses, sem-terra, assentados, quilombolas e desempregados, assim como, o aumento da violência que ataca, sobretudo, mulheres, jovens, negros e LGBTs. A situação dos doentes, da saúde pública, das pessoas com deficiência, a volta das epidemias e da mortalidade de crianças.

[Via CUT]