Greve continua e se fortalece a cada ataque da gestão da Petrobrás

 

Enquanto a greve dos petroleiros se fortalece, com adesões em todo o país e apoio crescente de diversos setores da população, a gestão da Petrobrás insiste no impasse, recusando-se a negociar com a FUP e buscando, por vias tortuosas, criminalizar a luta legítima dos trabalhadores.

Como se não bastassem as recorrentes medidas arbitrárias e autoritárias que a empresa vem tomando contra a categoria, agora apelou para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, na tentativa de asfixiar as entidades sindicais, com multas milionárias.

Toffoli suspendeu a decisão da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que julgou inconstitucional a liminar do ministro Ives Gandra contra a greve dos petroleiros, no final de 2019.  Em novembro, às vésperas do movimento, ele proibiu antecipadamente a greve, determinando o bloqueio das contas da FUP e dos sindicatos, a suspensão do repasse das mensalidades dos associados, além da cobrança de multas que chegaram na época a R$ 32 milhões.

Levianamente, a direção da Petrobrás deturpou os fatos, forçando uma correlação da greve atual com a paralisação de 2019, através de uma narrativa mentirosa, que, além de confundir o judiciário, só aumenta o conflito estabelecido com os petroleiros.

A decisão de Ives Gandra em 2019 não determinava contingente mínimo de trabalhadores durante a greve. O objetivo era impedir liminarmente o exercício do direito de greve. Uma aberrante inconstitucionalidade e, por isso, foi derrubada pela SDC.

A FUP irá recorrer da decisão monocrática do ministro Dias Toffoli, contaminada por uma narrativa ardilosa construída pela Petrobrás. A Federação contestará a liminar, tanto por vias judiciais, como através de denúncias à Organização Internacional do Trabalho (OIT), pois afronta a liberdade sindical.

Os sindicatos estão cumprindo todos os procedimentos legais em relação à greve, desde antes de sua deflagração. O abastecimento de produtos essenciais à população brasileira está garantido e o movimento ocorre de forma espontânea.

A FUP continua buscando a negociação, como vem fazendo desde antes da greve, cobrando uma solução para o impasse criado pela Petrobrás. Quem não quer negociar é a empresa.

Os trabalhadores não se intimidarão.

A greve é um direito garantido a todos os brasileiros pela Constituição de 1988, dentre eles os petroleiros.

[FUP]