“Saímos do jeito que entramos”. Essa é a avaliação do secretário de comunicação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, sobre a reunião realizada na manhã desta terça-feira, (14), no Ministério do Planejamento para tentar negociar as reivindicações dos servidores federais em greve. Isto porque, durante o encontro, o governo não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial e plano de carreira para os servidores, principais reivindicações das pelo menos 40 categorias profissionais paralisadas. “O governo pediu duas semanas para apresentar uma proposta e, depois da reunião, saímos do jeito que entramos: sem nada”, afirma o secretário de comunicação do Condsef, presente ao encontro.
O Ministério do Planejamento se comprometeu a apresentar a proposta em uma nova reunião, marcada para sexta-feira da próxima semana (24). O prazo para o encerramento das negociações é 31 de agosto, data-limite para que as alterações orçamentárias sejam enviadas ao Congresso Nacional.
O único posicionamento do governo foi referente à Lei 12.277, de 2010, que criou uma tabela salarial diferenciada para cinco cargos do serviço público federal – estatístico, engenheiro, geólogo, economista e arquiteto. Os servidores reivindicam equiparação com os demais cargos de nível superior, porém, o ministério sinalizou que o reajuste da proposta estará “distante do previsto”, de acordo com Silva.
Os representantes do Ministério do Planejamento estam reunido neste momento com representantes dos servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra para debater as pautas específicas dessas categorias.
Na tarde de hoje, representantes dos técnicos administrativos das universidades federais também se reúnem no Planejamento para negociar a proposta de reajuste salarial oferecida para a categoria. O governo se comprometeu com um reajuste de 15% ao longo de três anos e os servidores pedem 15% imediatos ou 25% em três anos.