A Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento enviou ofício na manhã de hoje (30) às entidades sindicais que representam os servidores federais em greve, comunicando o adiamento das reuniões até a semana de 13 de agosto. Com exceção da negociação agendada com os professores federais na noite da próxima quarta-feira (1º), todas as outras categorias terão de aguardar até a data apresentada pelo governo.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, a agenda tem muitos compromissos pendentes, tornando impossível estudar e organizar propostas para cada uma das 26 categorias em greve. A assessoria afirma que a Secretaria de Relações do Trabalho conta com pouco pessoal para realizar as negociações específicas de cada grupo de servidores e que já realizou mais de 150 reuniões desde março.
Por meio de sua assessoria, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) afirmou que vai realizar a jornada de lutas programadas para esta semana, com um ato na Rodoviária do Plano Piloto, uma marcha seguida de uma vigília em Brasília, e noutras cidades onde há movimento grevista, amanhã (31), e no dia 1º, junto com o Comando Nacional de Greve, uma reunião do Fórum da Campanha Salarial. Neste encontro serão discutidas estratégias para pressionar o governo federal a apresentar propostas satisfatórias para os servidores.
Em nota publicada no site, a Condsef criticou a política econômica do governo, alegando que somente concederia incentivos a uma minoria. O comunicado afirma que, entre 2011 e 2012, foram concedidos aproximadamente R$ 155 bilhões em isenções fiscais à indústria, enquanto as áreas sociais sofreram cortes da ordem de R$ 105 bilhões. Além disso, uma das preocupações do Condsef é que a data-limite para apresentação de proposta de previsão orçamentária é 31 de agosto e isso pode ser usado como fator determinante para encerramento da negociação com uma proposta desfavorável aos trabalhadores.