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Um dos temas mais urgentes da pauta do movimento sindical parece estar sendo ignorada pelos representantes do governo, que mais uma vez, desmarcaram a reunião agendada para discutir a isenção do imposto de renda da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores. A reunião estava marcada com as centrais sindicais para a última segunda-feira, 11 e, até então, a CUT e as demais centrais não foram informadas sobre a nova data.
A CUT reivindica que a equipe econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff trate a pauta dos trabalhadores com a mesma prioridade e grau de urgência com que toma medidas na área macroeconômica.
Histórico de luta
A campanha da PLR sem IR foi lançada em 2011 pelos bancários, petroleiros, metalúrgicos, químicos e urbanitários. Os representantes das categorias entregaram proposta ao governo para diminuir a carga tributária dos trabalhadores.
Hoje, os trabalhadores pagam IR na PLR, mas a Instrução Normativa 1022 da Receita Federal trata de forma diferente os acionistas de empresa ao estabelecer que “ficam isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física quando o total das alienações de ações no mercado à vista de bolsas de valores no mês não exceder R$ 20.000.”
Os trabalhadores reivindicam do governo tratamento igual ao dado a acionistas, no que se refere à PLR.
Atualmente, o governo isenta em R$ 16 bilhões os acionistas das empresas – a isenção total da PLR dos trabalhadores corresponde a 10% da isenção dada aos acionistas das empresas.