FUP
Após dois adiamentos por parte do governo, as centrais sindicais finalmente se reuniram no dia 23 com os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República e Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, para discutir a isenção do Imposto de Renda sobre a PLR. Os ministros informaram que até segunda-feira, 28, o governo apresentará uma proposta, que deve estabelecer um teto da PLR para isenção total do IR e, a partir daí, criar alíquotas progressivas. A CUT tem pressionado para que o teto de isenção cubra o maior número possível de trabalhadores que recebem PLR, ou seja, até as faixas entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
O fim da tributação sobre a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas é uma bandeira histórica da FUP e de outras categorias, como bancários, metalúrgicos, químicos e urbanitários, que, desde o ano passado, têm se mobilizado em manifestações públicas, no Congresso Nacional e em negociações da CUT com o governo. Ao contrário do que acontece com os dividendos pagos aos acionistas (que são isentos de IR até R$ 20 mil), a PLR é tributada acima de R$ 1.566,62, numa variação de 7,5% a 27,5%.
Além da pressão junto ao governo, os trabalhadores continuam mobilizados, aguardando a votação na Câmara dos Deputados de duas emendas à Medida Provisória 556 que isentam os assalariados da cobrança do imposto de renda na PLR. A votação da MP, que trata de assuntos diversos, entrou na pauta da Casa no dia 16 de maio e pode ser posta em votação a qualquer momento. Se for aprovada, será encaminhada ao Senado.
Na Petrobrás
A FUP tornou a cobrar da Petrobrás a apresentação da proposta de quitação da PLR 2011 e a retomada imediata da negociação do regramento das PLRs futuras. Na semana passada, os trabalhadores se mobilizaram nas bases da FUP, cobrando uma resposta da empresa.