O povo brasileiro vive o mais grave ataque desde o fim da ditadura. Conquistas sociais, empregos, direitos constitucionais e a própria democracia são desmontados em uma cruzada judicial-midiática que paralisou a economia e mergulhou o país em uma arriscada polarização social.
A seletividade da Lava Jato deixa claro que seu objetivo é político. Para isso, conta com a parceria da TV Globo, que age de dentro do gabinete do juiz Sérgio Moro, com acesso livre a informações confidenciais, cuja narrativa é meticulosamente construída para derrubar o governo e criminalizar os que se insurgem contra esses abusos.
A Lava Jato transformou-se em um poder paralelo que age em associação com a mídia. Os graves episódios de violações do Estado de Direito são a prova de que a operação enveredou por caminhos conspiratórios e fascistas.
Grampear uma conversa telefônica da presidente da República e vazar as gravações para a Globo é crime que caracteriza um Estado de Exceção, o que agrava ainda mais a crise econômica e o caos social alimentado pela Lava Jato.
O nível de desemprego cresceu 41,5%, atingindo no final de 2015 mais de 9 milhões de brasileiros. O PIB sofreu um tombo de 3,8% e o acumulado continua caindo: em janeiro chegou a 4,1%, segundo estimativas da FGV.
É nesse contexto que é articulado o golpe, a privatização da Petrobrás e a entrega do Pré-Sal. Nós, petroleiros próprios e terceirizados, estamos no centro do desmonte e reagiremos a esses ataques.
O combate à corrupção – entranhada há décadas no Estado brasileiro e historicamente denunciada pelos movimentos sociais, mas nunca apurada – não pode servir de pretextos para o golpe das elites, que sempre se beneficiaram dela. Queremos investigação e punição de todos os corruptos, sem seletividade e dentro da legalidade.
Vamos para as ruas reafirmar que é preciso, sim, combater a corrupção, mas respeitando-se o Estado Democrático de Direito e preservando a economia nacional, sem penalizar a classe trabalhadora.
Chega de golpismo! Queremos a retomada do projeto popular e democrático de desenvolvimento.
Fonte: FUP