Com informações da Rede Brasil Atual
As demissões em uma das oito fábricas da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), responsável pelo veículo modelo Classic, são irreversíveis segundo Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da General Motors (GM) e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Nesta quarta-feira, 8 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos realiza uma assembléia com os trabalhadores da montadora para discutir os próximos passos da luta pela preservação dos postos de trabalho.
A declaração do diretor da GM foi dada no dia 03 a jornalistas no prédio da presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo, após ele ter sido convocado para uma reunião pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Moan disse que prefere conversar com o sindicato dos trabalhadores antes que o número de demissões seja oficializado. No entanto, pressionado por jornalistas, ele declarou que as demissões vão atingir 1.053 trabalhadores, número que engloba os funcionários que já aderiram aos quatro Programas de Demissão Voluntária (PDV) feitos durante todo o ano passado. Moan não confirmou o número de empregados que já aderiram ao PDV. Os funcionários que não aderiram ao PDV foram comunicados sobre a demissão no final de dezembro.
“Tivemos agora uma reunião com o ministro Guido Mantega, que está muito preocupado com as notícias advindas da nossa fábrica em São José dos Campos”, disse Moan. Segundo ele, durante a reunião, o ministro foi informado de que as demissões são irreversíveis. “Não há a mínima chance de reversão”.
Segundo Moan, a unidade, que produzia o modelo Classic, encerrou a produção em agosto do ano passado. O executivo disse ainda que um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos foi assinado em janeiro do ano passado, quando a empresa comunicou ao sindicato e ao Ministério do Trabalho e Emprego que encerraria as atividades de montagem de veículos de passageiros em dezembro de 2013.
No dia 30 de dezembro passado, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, em nota oficial, protestava contra as demissões na GM, que tiveram início dois dias antes. O sindicato também criticou o fato de, até este momento, não ter sido informado sobre o número de trabalhadores que serão atingidos pela medida.