Depois da divulgação do esquema de corrupção envolvendo a representante de grandes marcas International Sport and Leisure (ISL)e a Fifa na realização das Copas do Mundo de 2002 (Japão e Coreia do Sul) e 2006 (Alemanha), a imprensa internacional voltou a focar os escândalos que envolvem as negociatas com as emissoras de televisão de vários países, entre elas na brasileira Rede Globo, pela exclusividade na transmissão dos jogos. O esquema denunciado envolve o pagamento de propina a diretores da entidade da ordem de R$ 150 milhões. A CBF também é alvo das investigações, na figura do presidente Ricardo Teixeira, que, junto com o ex-presidente da Federação, João Havelange, teria recebido milhões deste megapropinoduto.
Apesar de tentar negar em cadeia nacional, a Rede Globo está mais do que comprometida com a corrupção na Fifa. As negociatas que envolvem acordos com a CBF e com a Federação para a transmissão dos jogos e contratos de exclusividade comercial com as marcas “patrocinadoras” vêm de longa data. É mais do que evidente que a emissora está envolvida por ter o contrato de exclusividade na transmissão dos jogos internacionais organizados pela Fifa, durante décadas.
O jornalista e integrante do conselho editoria do Jornal Brasil de Fato, Mário Augusto Jakobskind concorda e diz que as denúncias envolvendo as transmissões merecem um aprofundamento investigativo que passa pela cúpula do futebol brasileiro. “Não adianta a maior rede de televisão do País, a Globo, tentar demonstrar que o escândalo não envolve as transmissões exclusivas das partidas de futebol, porque desta vez será impossível que o tema não seja investigado”, diz.
Fonte: FUP