Quase um ano após acidente fatal, o incêndio numa torre fracionadora da RNEST revela o menosprezo pela segurança por parte da gerência
[Da imprensa do Sindipetro PE/PB]
Entre a produção e a segurança das instalações e das pessoas, infelizmente, as gerências de produção e do processo do Coque da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, não se envergonharam de escolher a opção que quase tirou as vidas de trabalhadores. Após a detecção de um vazamento na Torre T-21001, no sábado, dia 10, foi decidido pela gerência a continuidade operacional da unidade, após a instalação de uma “gambiarra” que durou aproximadamente 24 horas.
No domingo, a alternativa escolhida pelas “mentes iluminadas” não suportou e fez com que houvesse vazamento do produto nafta pesada (altamente inflamável) e posterior incêndio que foi visto a quilômetros.
Por pouco, esse incêndio não atingiu os trabalhadores que lá estavam, justamente para contenção do primeiro vazamento do sábado e que conseguiram evacuar do local.
Não é a primeira vez que esse equipamento sofre incêndio. Em dezembro de 2018, houve outro incêndio desses e, pelo que parece, o problema original nunca foi resolvido, o que dá a impressão de que não será a última. Infelizmente!
“Tamo Junto”, mas nem tanto!
Essas mesmas gerências chegaram ao cúmulo de cobrar barba feita (sem amparo legal) dos trabalhadores, num evidente assédio moral coletivo, com um discurso de prezar por segurança, mas., na real, só estão preocupados com a produção à todo custo, ao ficar nítido a improvisação, ao ponto de causar tal incêndio.
O sindicato esteve no local do acidente na segunda-feira (12) para averiguar e foi surpreendido com tamanho descaso com a segurança. E diante desse fato, questiona: o sistema de consequências funciona para gerentes inconsequentes?