Gestão da Repar apresenta Programa de Prevenção de Acidentes

No dia 3 de setembro aconteceu uma reunião da Comissão Local de SMS da Repar. Participaram representantes da gestão da refinaria e do Sindipetro PR e SC. O encontro tinha como objetivo responder CS 0153/2021 em que o sindicato faz as solicitações de cópias antecipada de relatórios, além de pedir esclarecimentos quanto à composição, treinamentos e exames dos integrantes das equipes da EOR e Brigada de incêndio.

No início da reunião, a coordenadora da HO (Higiene Ocupacional) apresentou o relatório do PPRA (Programa Prevenção de Riscos Ambientais) e afirmou que não foi autorizada uma cópia para o sindicato, conforme solicitada na CS 0153/2021. Ela também informou que foi realizada a atualização da APRHO (Análise Preliminar de Riscos De Higiene Ocupacionais) de todos os setores em conjunto as suas gerências, quando houve mudanças estruturais ou de processo.

Nessa atualização, baseada nas atividades executadas, o gerente definiu em qual Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) O trabalhador está. Em 2020 por exemplo houve uma redução para 3 GHEs, no setor de Utilidades. Também houve a inclusão de novos trabalhadores no risco ruído.

Dos 546 trabalhadores que estão mapeados para o risco ruído, 237 tiveram os resultados do monitoramento entre 80 e 85 dB. A empresa reconhece que eles estão expostos ao ruído, mas dentro do limite permitido. Entretanto no GHE Operador de Campo U2200 do DCCF, há dois trabalhadores que a medição de ruído apontou o valor de 85,4 dB, acima do Limite de Exposição Ocupacional que é 85 dB para 8 horas de trabalho.

Foi explicado que todos os resultados desse monitoramento vão para o SIS (Sistema Informatizado de Saúde) que alimenta o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). São com base nesses resultados que são definidos os exames ocupacionais que o trabalhador realizará e a elaboração do ASO (Atestado de Saúde Ocupacional).

A coordenadora da HO explicou que são feitos sorteios para o monitoramento ambiental. Os monitoramentos acontecem em cada GHE em 8 datas diferentes e são realizados em dias típicos de trabalho. Períodos chuvosos, situações de emergências operacionais e em dias que o trabalhador realize atividades diferentes das habituais não são considerados típicos. Ela afirmou que antes de começar o monitoramento é o trabalhador que diz se aquele é ou não um dia típico de trabalho.

O sindicato apontou que com a diminuição do efetivo, a operação de alguns setores sob demanda reduzida se tornou uma rotina, sobrecarregando o trabalhador de atividades. Ao questionar se isso é monitorado, recebeu como resposta que se virou rotina é monitorado.

A administração também informou que quando um órgão é exposto a mais de um agente, como o ouvido por exemplo – que está sujeito ao ruído e aos hidrocarbonetos – é feita a composição destes 2 agentes.

De acordo com a gestão, o GHE do trabalhador de campo e o painel para o ruído são feitos por sorteio, podendo ser monitorado o trabalhador no console. O Sindipetro PR e SC solicitou cópias dos GHEs e sua composição, além do relatório do monitoramento ambiental.

FALTA TRANPARENCIA EM FORNECER CÓPIA DO RELATÓRIO DOS RESULTADOS.
FALTA TRANPARENCIA EM FORNECER CÓPIA DA COMPOSIÇÃO DOS GHEs E SUA COMPOSIÇÃO.
FALTA O RECONHECIMENTO DE EXPOSIÇÃO AO BENZENO PARA DETERMINADOS GHEs, EM UNIDADES ONDE ELE APARECE ABAIXO DE 1% EM VOLUME NA FASE LÍQUIDA, LEMBRANDO QUE ELE É CANCERÍGENO. PORTANTO NÃO EXISTE LIMITE SEGURO DE EXPOSIÇÃO!

O diretor de SMS do Sindipetro PR e SC, Luciano Zanetti, ressalta que os resultados do monitoramento ambiental demonstram nesta avaliação, que os riscos estão controlados. Porém, isto não quer dizer que não há riscos, pelo contrário, há necessidade de medidas de controle coletivas e da realização de exames médicos ocupacionais dos trabalhadores com risco de exposição a determinado agente mesmo que esteja sob controle. Não é por que os resultados do monitoramento ambiental estão sob controle, não exime a empresa de colocar estes agentes no aso (Atestado de Saúde Ocupacional). Zanetti destaca que cada ser humano interage diferente a exposição de determinado agente, e mesmo que em baixos níveis não há garantias que ninguém ficará doente.

[Da imprensa do Sindipetro PR e SC]