Gerentes da Fafen-BA perseguem brigadista

O Acordo Coletivo da Petrobrás prevê que a Brigada de Emergência seja formada por técnicos de segurança…

Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia

O Acordo Coletivo da Petrobrás prevê que a Brigada de Emergência seja formada por técnicos de segurança, conforme a cláusula 106. A função pode ser exercida também por trabalhadores de turno voluntariamente, pois o PCAC (Plano de Cargos e Salários) em seu descritivo de atividades do cargo de técnico de operação não detalha a questão da participação na Brigada.

Entretanto, na Fafen-Ba quando um operador solicitou formalmente seu desligamento da brigada por não concordar com as condições de treinamento, estranhamente os gerentes do SMS e da unidade de Amônia decidiram constituir uma comissão disciplinar convocando o RH Corporativo e o Abastecimento, no Rio de Janeiro, para punir o companheiro e ainda dar uma lição a todos os que não se sentem a vontade na Brigada.

 

É bom esclarecer que falta treinamento e quando a empresa decide convocar os brigadistas para os cursos o faz nos horários de trabalho, obrigando-os a exercer dupla função e deixando as unidades descobertas. A truculência e autoritarismo dos gerentes da Fafen provocaram uma onda de protestos muito grande e o Sindicato vem se reunindo com todos os grupos desde a semana passada para explicar a situação. Ainda como forma de protesto, todos os demais brigadistas decidiram renunciar a função. Os documentos já foram encaminhados à gerência da empresa. Os trabalhadores decidiram também entrar em greve caso o brigadista que está sendo perseguido seja punido. O Sindicato não é contra a brigada de emergência, foi devido à nossa pressão que atualmente um técnico de segurança coordena o grupo, mas não podemos concordar com ações ilegais, truculentas e autoritárias.

 

Já foram encaminhadas denúncias ao Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional de Emprego e Trabalho para garantir que a empresa respeite o direito dos trabalhadores em relação à Brigada.